Insegurança assusta moradores e comerciantes da região

Na última semana, foi divulgada nas redes sociais a ação de dois indivíduos nos bairros de Palmital, Raia e Eldorado, que estariam forçando portões e invadindo residências e estabelecimentos da região, no intuito de realizar furtos, gerando um sentimento de insegurança na comunidade, denúncia realizada por Jerri Ângelo de Souza, diretor operacional do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) de Paranaguá. Moradores e comerciantes da região confirmaram a situação preocupante de insegurança na localidade na quarta-feira, 18, a qual passou neste ano por inúmeros assaltos e furtos, inclusive com arma de fogo. O pedido de todos é de reforço no policiamento para inibir atuação dos criminosos.

De acordo com Jerry Ângelo de Souza, veterano da Marinha do Brasil, e atualmente assessor parlamentar, voluntário do Conseg como diretor operacional, os dois indivíduos denunciados foram observados de longe por uma moradora que enviou as imagens em um grupo de mães de alunos de um colégio nas imediações. 

“São dois elementos já conhecidos da população por efetuar pequenos furtos como bicicletas, tênis, brinquedos, o que estiver ao alcance deles eles levam, inclusive rodeiam os bairros procurando a melhor opção. Ou seja, quem der bobeira perde”, comenta, destacando o sentimento de impunidade e ressaltando a necessidade de leis mais severas, que “prendam e não soltem” bandidos.

Membro do Conseg, Jerry destacou a importância da união entre comunidade para garantir a segurança conjunta, por meio de reuniões presenciais e por redes sociais.

 “Implantamos uma campanha que infelizmente não teve grande repercussão tendo em vista a falta de público em nossas reuniões, trata-se do Vizinho Vigilante, com realização de reuniões e contato direto entre pessoas que só se veem na saída ou entrada de casa”, afirma. 

Segundo ele, o objetivo é de que todos observem qualquer movimentação suspeita na vizinhança. “Cada rua e bairro deveria ter um grupo de whatsApp para divulgar as movimentações e isso pode ser relatado aos conselheiros do Conseg ou diretamente às autoridades policiais”, completa, destacando o apoio das Polícias Civil e Militar, bem como da Guarda Civil Municipal ao Conseg. “O lema do Conseg é: juntos somos mais fortes”, finaliza.

 

MEDO 

Segundo o morador no bairro Raia, Amuniz Domingos Guimarães, que reside próximo ao Colégio Leão XIII há 15 anos, há alguns dias houve um assalto à uma mulher junto a uma criança, quando o meliante portava uma faca. “Não deu nem tempo de correr e o cara acabou fugindo. O caso me deixou preocupado, com uma criança pequena, tiveram até que dar remédio para a menininha se acalmar. Chamamos a polícia, mas demorou. Não culpo a polícia em si, mas deveria haver uma estruturação nas autoridades policiais. A gente fica à mercê da bandidagem”, destacou. Segundo ele, uma solução seria a posse de arma de fogo por cidadãos na área residencial. Ele ainda destaca que anos atrás entraram em sua casa, mas ele instalou equipamentos de segurança sonoros e elétricos e o fato não mais se repetiu até o momento.

Residências estariam sendo arrombadas e furtadas na região do Palmital

“Recentemente, há alguns meses, um rapaz alto chegou aqui em um sábado, inclusive com uma tornozeleira eletrônica que mostrava que já tinha sido preso, algo que eu só percebi depois. Ele me ameaçou, falou que estava armado, pediu dinheiro para ir embora, dei R$ 30 para ele, ele pediu celular, falei que não tinha, daí tive que dar mais R$ 50 para ele. Tinha mais cliente no balcão na hora. Ele foi preso oito meses depois, fomos chamados para reconhecê-lo no Fórum”, afirmou Antônia Uyetaqui, comerciante do Golfinho´s, tradicional estabelecimento na Praça Duque de Caxias, nas proximidades do Leão XIII. 

A senhora Antônia destacou ainda que entre o final de 2016 e 2017 o seu estabelecimento foi assaltado quatro vezes e furtado diversas vezes. “Um tira a atenção da gente e outro furta algo, recentemente furtaram minha bolsa com tudo”, afirma. “A gente não tem como reagir, pois pode ser agredido ou coisa pior. A solução, na minha opinião, seria a construção de um Módulo Policial fixo aqui na Praça Duque de Caxias com policiais presentes, algo que inibiria os criminosos”, destaca.

Rosilaine Santos de Oliveira, comerciante do Rosimar Modas e Presentes há sete anos na região, já passou por dois assaltos nos últimos anos. “Você não tem muito o que fazer, a gente fica com receio de reagir, ainda mais que foram drogados que nos roubaram. Os comerciantes vizinhos aqui já foram assaltados incontáveis vezes com arma de fogo até este ano. A padaria aqui nem sei quantas vezes. O que a gente precisa é de policiamento, até tentam melhorar isso, mas se possível gostaríamos de uma viatura presente aqui na Praça sempre, até mesmo para inibir o uso de drogas que acontece na localidade”, completa. Segundo ela, o horário de maior risco é no meio da tarde, “por não haver movimento algum e os criminosos agirem sem receio”, finaliza.