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Polícia

Família quer justiça por assassinato de morador em matagal

João Correia Patrício residia na Vila Garcia e prestava serviços de carpintaria

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No domingo, 8, familiares e amigos encontraram o corpo de João Correia Patrício, conhecido como “Seu João”, em meio a matagal na Vila Garcia, ao final da Rua Anibal de Castro, próximo ao Rio da Vaca. O achado foi feito após João, de 52 anos, estar desaparecido desde a quinta-feira, 5, o que foi comunicado à Polícia Civil no sábado, 7, mesma data em que a família e amigos próximos fizeram um mutirão para procurar a vítima na região, algo que só foi possível três dias depois, em meio à chuva e tempo ruim, quando o homem foi encontrado morto com pés e mãos amarrados e dois golpes de facão na cabeça. Imediatamente após o achado, vizinhos acionaram as autoridades policiais para comparecerem ao local.

Segundo as informações da Polícia Civil, dois homens foram detidos pela própria população como suspeitos do crime. Os acusados são Marcos, de 42 anos, e Wanderlei, 44. De acordo com as autoridades, Wanderlei é morador no mesmo bairro em que a vítima residia, enquanto Marcos, inclusive, estaria morando na casa de Seu João. Os três teriam discutido, algo que teria motivado o crime por parte dos dois suspeitos, que foram encaminhados à 1.ª Subdivisão Policial de Paranaguá, onde negaram a autoria do homicídio, apesar de as autoridades terem encontrado na casa de Wanderlei peças de roupa sujas de sangue. 
De acordo com Adriano de Souza, auxiliar administrativo, vizinho dos familiares de João Correia Patrício e amigo dele, a vítima, que residia em uma área isolada na Vila Garcia, próxima ao mato, era um homem extremamente trabalhador na região, atuando com trabalhos gerais como produção de cercas, entre outras atividades de carpintaria e envolvendo a área rural. 

“Sou morador no bairro há quatro anos. O Seu João era uma excelente pessoa, trabalhador, humilde com todo mundo, tudo para ele estava bom”, comenta.

Segundo Adriano, após o desaparecimento, no sábado, 7, a comunidade teria formado uma equipe de oito pessoas para dar início às buscas ao homem de 58 anos. “Após termos encerrado as buscas que foram feitas o dia todo, à noite veio um telefonema falando que tinham encontrado o Seu João. Fomos até o local e não tinha nada. Foi então que fizemos uma nova busca até por volta das 23h30, com muita chuva, foi então que encerramos os trabalhos após estarmos muito cansados. Na manhã do domingo, cedo, iniciamos um outro mutirão de busca e por volta das 9h10 encontramos o corpo dele”, explica, destacando que a Polícia foi acionada no momento e se dirigiu até a região.

corpo na vila garcia

“O local era de difícil acesso. Para a gente que mora no mato, em sítio, conseguimos entrar lá, mas para quem é da cidade é difícil. Tivemos dificuldade em retirar o corpo do local, mas conseguimos concluir tudo”, explica, ressaltando que a área onde o corpo da vítima foi largado era mais de 1 km para dentro da mata após o fim da Rua Anibal de Castro. 

“Fica apenas a lembrança boa do Seu João. Não tinha tempo ruim para ele. Trabalhador demais. Não tinha desafetos aqui no bairro, todo mundo conhecia ele. Ninguém sabe o que motivou. Vamos deixar para a Polícia averiguar. Queremos justiça”, destacou Adriano de Souza.

Segundo os familiares, os quais não quiseram se identificar, a única coisa que eles querem é justiça e punição dos culpados pelo crime. De acordo com uma filha do Seu João, o que foi feito foi uma “crueldade”, sendo que a família quer a punição dos suspeitos, que teriam sido soltos e estão aguardando a investigação do caso em liberdade, segundo informação dos parentes da vítima, os quais também afirmaram que a motivação teria sido roubo de dinheiro e de um porco, o qual foi roubado da propriedade da vítima. Após o crime, os suspeitos inclusive teriam feito um boneco de pano para fingir que João Patrício ainda estaria vivo em sua residência. 
A Polícia Civil está investigando o caso. 

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