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Polícia

Autor de feminicídio em Morretes se apresenta à Justiça e segue preso

Faca usada para matar Ana em sua casa na localidade do Rio Sagrado

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Fingindo que iria penas conversar, José de Souza Filho foi até a casa da ex-namorada e desferiu uma facada no peito da vítima

No dia 4 de maio, sábado, um feminicídio abalou a comunidade de Morretes. Ana Paula Rocha Pompeu, de 36 anos, foi assassinada na localidade rural do Rio Sagrado, pelo seu ex-namorado, José de Souza Filho, de 50 anos. Cerca de 20 dias após o crime, Souza Filho se entregou à Delegacia de Polícia Civil na manhã de terça-feira, 21, onde segue preso.

Contra José Filho havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça desde a ocorrência do crime. O acusado se apresentou junto com o seu advogado, foi ouvido pelo delegado da Polícia Civil (PC) e imediatamente recolhido à carceragem.

Souza Filho estaria escondido em um matagal na zona rural de Morretes desde o dia do crime. Vinte dias após a ocorrência, ele procurou um advogado e se apresentou à delegacia. De acordo com a PC, o acusado afirmava que não tinha mais condições de ficar escondido no mato por saber que as autoridades policiais e população estavam a sua procura desde o dia do feminicídio. Ele estaria temendo por sua integridade física.

Segundo a PC, durante o interrogatório, o suspeito afirmou que teria combinado um dia antes do crime, na sexta-feira, 3, de jantar com Ana Paula, no entanto não apareceu. Ele afirmou no interrogatório que no sábado, 4, foi procurar a ex-namorada, que teria ficado brava por ele estar com uma lata de cerveja nas mãos. José afirma que tinha tomado cerca de seis latas da bebida alcóolica antes do momento do crime. O suspeito alega que a mulher teria ido para cima dele e, em virtude disso, acabou perdendo a cabeça, desferindo o golpe fatal na vítima.

A Polícia Civil de Morretes agora aguarda o resultados de laudos do Instituto Médico Legal (IML) que irão confirmar a causa da morte. Após isso, caberá à Justiça Estadual, respeitando todo o procedimento legal, com acusação feita pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) e defesa feita pelo advogado do acusado, decidir o futuro de José Filho, que inclusive poderá ir a Tribunal do Júri por feminicídio, que, segundo a Lei Federal N.º 13.104/2015 e Código Penal, pertence ao rol dos crimes hediondos, com pena de reclusão que pode ir de 12 a 30 anos.

Autor se apresentou à Delegacia de Morretes com o advogado. Ele poderá ir a Tribunal do Júri por feminicídio

O CRIME

José de Souza Filho foi até a casa da vítima, Ana Pompeu, sua ex-namorada, na tarde do dia 4 de maio, momento em que a chamou para conversar. Ele disse que iria entregar uma quantia em dinheiro para a ex-companheira, porém, enquanto dialogavam, o autor pegou uma faca e acertou um golpe fatal no peito da mulher.

Ana chegou a ser socorrida por familiares e levada até a emergência do Hospital Municipal de Morretes. No entanto, ela não resistiu ao grave ferimento e entrou em óbito durante o atendimento médico.

A Polícia Militar do Paraná (PMPR), acionada por testemunhas para fazer as primeiras diligências do crime, foi até a casa da vítima no Rio Sagrado, onde encontrou a faca usada no feminicídio. Desde então, José estava foragido, algo que acabou quando ele se apresentou à Delegacia da PC de Morretes nesta semana.

Ana foi a terceira vítima de feminicídio registrada no litoral em 2019.

Ana Paula Rocha Pompeu foi a vítima de feminicídio ocorrido em Morretes no dia 4 de maio (Foto: Facebook/Reprodução)

 

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