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Polícia

Assédios a mulheres chocam o País

Polícia Civil recomenda que denúncias sejam feitas de imediato

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Casos de assédio sexual dentro de ônibus registrados nos últimos dias têm mobilizado os brasileiros e chocado, em especial, as mulheres. Segundo a Polícia Militar, que atendeu o caso naquela localidade, em uma das vezes, um homem ejaculou em uma mulher. O homem já tinha cinco passagens pela polícia acusado de estupro.

O delegado adjunto da 1.ª Subdivisão Policial de Paranaguá, Nilson Diniz, afirmou que os registros na cidade não são expressivos.

Embora, como lembrou o delegado, há pouco tempo, tenha havido uma denúncia de que um homem estaria se masturbando na rua. “Neste caso, as pessoas denunciaram e foi feita a importunação ofensiva ao pudor, que era contravenção penal, e a repercussão negativa foi por ele ser solto imediatamente”, disse Diniz.

As denúncias em Paranaguá não são frequentes, de acordo com o delegado, com base no tempo de atuação na cidade. Nestes casos, a orientação é para que as mulheres procurem a 1.ª Subdivisão Policial, localizada, no Centro Histórico, nas proximidades do Hospital Regional do Litoral, ou o Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes), onde há o Atendimento à Mulher. “O ideal é procurar imediatamente a polícia, pois a investigação se inicia no ato”, ressaltou Diniz.

ASSÉDIO FÍSICO E EMOCIONAL

Um levantamento da ONG Think Olga revelou que 99,6% das 7,7 mil mulheres entrevistadas durante pesquisa já foram assediadas em algum momento da vida. Cerca de 98% sofreu assédio na rua e 64%, no transporte público. Segundo a pesquisa, 81% das mulheres mudam a rotina por medo do assédio. Isso inclui desde uma simples troca de roupa até a escolha por outro trajeto nas ruas.

 


Em torno de 64% das mulheres consultadas afirmaram sofrer assédio dentro do transporte público (Foto: Divulgação)

 

De acordo com texto publicado pelo Portal Brasil, do Governo Federal, as consequências podem ser ainda piores e ter reflexos na saúde física e emocional das mulheres. Isso porque a assediada corre risco de desenvolver distúrbios como ansiedade, depressão, perda ou ganho de peso, dores de cabeça, estresse e problemas no sono.

FORMAS DE ASSÉDIO

Uma pesquisa divulgada no ano passado, realizada pela organização internacional Action Aid, mostrou as formas de assédio mais sofridas pelas brasileiras. O assobio é o mais comum (77%), seguido por olhares insistentes (74%), comentários de cunho sexual (57%) e xingamentos (39%). Metade das mulheres entrevistadas no Brasil disse que já foi seguida nas ruas, 44% tiveram seus corpos tocados, 37% disseram que homens se exibiram para elas e 8% foram estupradas em espaços públicos.

NO TRABALHO

Segundo o Ministério do Trabalho (MTE), as principais vítimas das agressões no trabalho são mulheres negras. Se o constrangimento afeta física e emocionalmente aquelas que são assediadas nas ruas, a proporção aumenta em se tratando daquelas que enfrentam o problema dentro do ambiente de trabalho. De acordo com o MTE, o assédio sexual é uma forma de abuso de poder no trabalho e consiste em constrangimentos constantes por meio de cantadas e insinuações.

Neste caso, o recomendado é fazer a denúncia no sindicato da categoria, além de registrar o boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher ou em uma unidade da Polícia Civil.

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