Segundo os estudos fundamentados em um início da Maçonaria, chega-se ao nome e ao Reino do Rei Salomão, filho de David, ele reinou entre 1009 e 922 A.C., seu nome em Hebraico deriva da palavra SHALOM, ou seja, PAZ, mas o que pontua como o possível principio dos estudos maçônicos seria o seu conhecimento e sua inteligência, daí o porque chamamos o venerável Mestre da Loja como Salomão. O Venerável representa Salomão e a Loja representa um Templo, seria o mesmo Templo que Salomão construiu para o Senhor dos Céus e da Terra.
Salomão é reverenciado pelas três Religiões Monoteístas, as que creem em um Deus único, Ele recebeu no seu sonho o Arcanjo Gabriel que O perguntou, “Oh Salomão, pede-me o que quiseres que darte-ei”, e Salomão respondeu “Ó Deus, tu foste extremamente bondoso para com o meu pai, David, e agora deste-me o reino. Só pretendo, ó Senhor Deus, que as tuas promessas se confirmem! A tua palavra, dirigida a meu pai, David, concretizou-se e fizeste-me rei sobre um povo tão numeroso como o pó da terra! Dá-me agora sabedoria e conhecimento para conduzi-lo com competência. Pois quem seria capaz de governar uma tão grande nação como esta?”. E assim aconteceu, Deus deu a Salomão toda a Sabedoria, e tornou-se um Profeta de Deus.
Assim começou Salomão, imbuído da Centelha Divina, o seu reinado. Era um rei pacifico, não era um líder guerreiro como seu pai, pois não precisou, e tornou-se um grande governante e um juiz justo e imparcial, e logo conquistou a amizade e admiração dos outros reis. Cumulavam-no de presentes valiosos, que vinham acrescer as riquezas já abundantes no reino.
Salomão construiu um Templo para o Senhor, e após a construção do magnífico templo, a Arca da Aliança foi depositada no Santo dos Santos, a sala mais reservada do edifício. Foi pilhado várias vezes. Seria totalmente destruído por Nabucodonosor II rei da Babilônia, em 586 a.C após dois anos de cerco em Jerusalém. O templo de Salomão durou 4 séculos. Décadas mais tarde, em 516 a.C, após o regresso de mais de 40.000 judeus foi iniciada a construção no mesmo local do Segundo Templo, o qual foi destruído no ano 70 d.C, pelos romanos, no seguimento da Grande Revolta Judaica.
A existência do Templo de Salomão é um mito, mas o Maçom não desprezará o repositório inesgotável de ensinamentos velados por alegorias que nos proporciona a história (ou lenda) da construção do Templo. Não desprezará a tradição dos Maçons operários, só porque a arqueologia ainda não obteve provas concretas e irrefutáveis. Nem mesmo negará a tradição bíblica por insuficiência de escavações arqueológicas. Na obra de Jules Boucher Simbólica Maçônica: “Os Maçons não tentaram reconstruir o Templo de Salomão; é um símbolo, é o ideal jamais terminado, onde cada Maçom é uma pedra, preparada sem machado nem martelo no silêncio da meditação”, evoluímos a cada dia com a anuência de Deus.
Yassin Taha
Deputado Federal GOB, Loja Perseverança 0159