Inúmeros são os símbolos da Liturgia Maçônica e, dentre eles, destaca-se o da entrega aos novos Maçons das luvas brancas quando, nos últimos momentos da Iniciação, o Presidente da Loja anuncia, então, que aquelas luvas brancas constituem o símbolo de sua admissão nas fileiras dos homens livres e de bons costumes.
Os homens distintos e elegantes, as damas da sociedade fina e os militares galonados deitaram a moda das luvas brancas. Estas chegaram a fazer parte dos ornamentes que recebiam os bispos no ato da sua sagração, com a designação de “luvas litúrgicas”, simbolizando a castidade e a pureza.
A posse das luvas brancas não revela nenhuma interpretação mística, mas sim o que possa haver de mais ativo e fecundo para a orientação no cumprimento do dever. Alcança tanto a destinação da própria personalidade do iniciado como a de sua família. Pelo que ficou esclarecido, a Ordem dos homens livres não se restringe a entregar somente um par de luvas a cada um dos iniciados.
Entrega um outro par que são destinadas àquelas que mais direito tiver a vossa estima e ao vosso afeto. Vê-se, pois, que a Maçonaria, no grande momento da recepção de seus convidados, lembra-se da mulher, numa homenagem justa e sincera.
Não se esquece de que a mulher esposa tem por sua vez os direitos sustentados desde os dias do chamado “Pontificado Romano”. Mas, esposa, irmã, filha ou mãe é sempre a mulher que distribui consolação, promove alentos e distribui conforto, tanto nas horas felizes da família como nas atribulações e nos desfalecimentos da vida e de seu esposo.
Portanto, tal homenagem da Maçonaria é, sob todos os aspectos, mais do que procedente.
Yassin Taha
Dep.Federal GOB – Loja Perseverança 0159