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Livros podem ajudar no tratamento do câncer

Instituto Peito Aberto implanta biblioteca para voluntárias e pacientes

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O Instituto Peito Aberto, que ajuda mulheres em Paranaguá na luta contra o câncer de mama, implantou, em sua sede, uma biblioteca com cerca de 500 livros. O objetivo foi incentivar o hábito da leitura entre as voluntárias que atuam no local e também entre as pacientes atendidas que podem ser beneficiadas durante o tratamento. Os primeiros exemplares foram doados e organizados em prateleiras.

A voluntária Bernadete Brito Gomes se ofereceu para ajudar na organização. “Eu já trabalhei em biblioteca e já tinha um pouco de experiência. Organizei por autor e título e registrei no livro. Assim ficará muito mais fácil de emprestarmos para as meninas e fica mais fácil depois para guardarmos e encontrar determinados títulos”, explicou.

 

 

A ideia inicial é oferecer um momento de descontração e conhecimento. “Qualquer das voluntárias pode chegar à biblioteca, pegar o livro que quiser e ler. Assim como levar para casa, esse é o objetivo. Como acabamos de montar, vamos começar agora a divulgação para elas saberem que tem, pois pode ajudar, inclusive, no próprio tratamento”, disse.

 

AJUDA PSICOLÓGICA

A psicóloga voluntária do Instituto Peito Aberto, Adriana Grosse, afirmou que a leitura pode trazer benefícios às mulheres que passam por tratamento contra o câncer de mama. “Sempre há benefícios em ler, independente da fase de vida que estamos vivendo e nessa torna-se mais importante ainda. Além de estimularmos a questão cognitiva e do aprendizado, é importante para se distrair. Nesse momento específico, elas se prendem a vários pensamentos negativos. Tem o momento de distração, de crescimento cognitivo, de aprendizado e tem o momento que consigo sair da minha realidade e entrar em outro mundo”, abordou a psicóloga.

Enquanto leem, várias áreas do cérebro são estimuladas e isso é altamente benéfico. “Se em um momento de tristeza eu ler algo feliz, eu automaticamente me sinto mais feliz. Isso pode liberar algumas substâncias no meu cérebro que são muito importantes como a endorfina e a serotonina”, lembrou Adriana.

Tudo isso pode refletir no sucesso no tratamento das pacientes. “Pensamentos negativos baixam a imunidade e isso é muito importante nesse processo. Quando se faz quimioterapia, ela costuma baixar e, se estiverem com a imunidade baixa, não conseguem fazer o tratamento. Sem contar que acaba sendo uma troca. Elas vêm ao Instituto, pegam os livros, conversam com outras meninas e acaba sendo um momento de troca essa vivência entre elas”, salientou a psicóloga.

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