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Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá

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Entender as transformações da humanidade nos proporciona uma…

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Entender as transformações da humanidade nos proporciona uma compreensão alargada dos acontecimentos contemporâneos. Conhecer sobre fatos e personalidades é imprescindível para a vida social, e tudo sempre inicia ou termina no contexto da “história magistra vitae”. Este termo foi utilizado pelo orador romano, Marco Túlio Cícero (106-43 a. C.), a fim de explicar a importância da História enquanto norte para a compreensão das questões da atualidade.  

Dessa maneira, ao se questionar a utilidade da História, podemos considerar a concepção de tempo, como uma consciência intrínseca da cultura humana, que pode ser percebida tanto nas discussões acadêmicas como nas consequentes modificações culturais do senso comum.  

Ainda que com caráter político conservador, foi a partir dessa premissa, que há 179 anos, entre objetivos de preservação de documentos e informações relacionadas ao registro dos acontecimentos do Império, houve a fundação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, fato este relevante para o incentivo do ensino público de História no Brasil, ganhando posteriormente o Patronato do Imperador Dom Pedro II, que se tornou membro ativo e protetor.

A partir disso, as publicações, arquivamentos, metodização e análise de documentos tiveram como guardiões os Institutos Históricos, agremiados em províncias, que durante muito tempo foram referencial fonte de saber histórico, e nos quais hoje, são componentes de pesquisa acadêmica em discussões e reformulações históricas formais e informais, ao lado de outras ciências historiográficas.

Como núcleo histórico provincial, fundado em 1931, o Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá, possui fontes da história do período colonial, materializadas em documentos e objetos que somam os tesouros do Patrimônio Histórico do Estado, com peculiaridade de “município berço paranaense”.

O valor cultural que seu acervo possui é ainda inestimável, ao levarmos em consideração, como apenas um exemplo, o polêmico Pelourinho (1646), considerado peça mais antiga da cidade. Este, que fora um arquétipo de autoridade e poder, hoje nos conta uma história de repressão político-social. Trata-se da percepção das transformações culturais da “historia magistra vitae”, e não somente o acervo físico enquanto peças isoladas, mas seu contexto e influência, como um todo.

Adriana Arcega Gnatta

Diretora de História – IHGP


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