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Infraestrutura

Nova ferrovia vai agilizar o transporte da lavoura até o Porto de Paranaguá

Projeto prevê que a obra da nova ferrovia seja dividida em dois trechos

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Mais de 1 milhão de toneladas de cargas foram movimentadas em maio pelo principal corredor ferroviário do Estado. Este número pode ser ainda maior com a construção de uma nova ferrovia anunciada pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA).

A concessionária que administra a ferrovia afirmou que foram batidos recordes históricos no mês de maio, sendo esta a melhor marca registrada desde janeiro de 2011. A operação faz o escoamento das cargas produzidas nos maiores centros produtores do Paraná, ligando os municípios da região Norte e Campos Gerais até o litoral do Estado.

APPA E CONSTRUÇÃO DE NOVA LINHA

Para os próximos anos, a estimativa é que o modal seja mais utilizado por meio de um projeto do Governo do Estado do Paraná sobre a construção de uma nova linha férrea, com cerca de mil quilômetros de extensão, ligando Paranaguá a Dourados, no Mato Grosso do Sul. O objetivo é integrar uma região altamente produtiva, reduzir custos logísticos e agilizar o transporte da lavoura até o porto.

Segundo a APPA, o projeto prevê que a obra da nova ferrovia seja dividida em dois trechos. O primeiro, com 400 quilômetros, ligará Guarapuava ao litoral do Paraná. O segundo, com mais 350 quilômetros de trilhos, vai de Guarapuava até Dourados (MS), passando por Guaíra. A construção inclui ainda a revitalização do traçado de 250 quilômetros já existente entre Guarapuava e Cascavel, operado pela Ferroeste.

O diretor-presidente da APPA, Lourenço Fregonese, explica que a integração entre porto e ferrovia é importante para garantir maior eficiência e melhor relação custo-benefício aos usuários. “Os trens oferecem regularidade no fluxo operacional e segurança no transporte”, salientou Fregonese.

No ano passado, a descarga de soja e farelo de soja por ferrovia aumentou 182%

MOVIMENTAÇÃO

Alguns produtos são mais comuns de serem transportados via modal ferroviário, com destaque para o açúcar (40%), soja (23%), milho (11%), contêineres (9%), além de farelos (7%), derivados de petróleo (6%) e fertilizantes (3%), entre outros.

No ano passado, a descarga de soja e farelo de soja por ferrovia aumentou 182% no corredor de exportação do Porto de Paranaguá entre os meses de janeiro e agosto, quando comparado ao mesmo período de 2016. Ao todo, foram descarregadas 206,6 mil toneladas de grãos por trem no acumulado de 2017. 

Dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) apontam a capacidade ociosa e ocupada por trecho em cada ferrovia do País. No caso do Paraná, os dois maiores gargalos logísticos ferroviários estão entre Curitiba e Paranaguá e Guarapuava e Ponta Grossa.
 

Fotos: Ivan Bueno/Appa

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