Governo libera venda e consumo de ostras produzidas no Paraná

Laudo libera o consumo de moluscos bivalves produzidos a partir da quarta-feira,13 de julho.

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O fenômeno “Maré Vermelha” provocou a suspensão preventiva, pelo Governo do Estado do Paraná, da pesca, extração, venda e consumo de ostras, mariscos, mexilhões, berbigões e vieiras. A proibição aconteceu no dia 29 de julho e, desde então, análises são realizadas semanalmente para verificar se ainda há toxinas nos animais. Na quarta-feira, 13 de julho, uma nova amostra foi coletada pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e, de acordo com os resultados, o consumo foi liberado na sexta-feira, 15 de julho, pelo Governo do Estado.

A decisão foi tomada pelas equipes da Secretaria Estadual da Saúde e da Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento, após novos laudos laboratoriais. “Coletamos novas amostras para verificar a qualidade da água e dos moluscos. Com o resultado dos exames foi possível autorizar a retomada da produção e comércio, pois não foi verificada presença de toxinas”, ressaltou o coordenador do Programa de Vigilância e Prevenção de Doenças em Animais Aquáticos da Adapar, Cláudio César Sobezak.

O laudo desta sexta-feira libera o consumo dos moluscos bivalves produzidos a partir da quarta-feira, 13 de julho.

 

ANÁLISES

As amostras foram analisadas pelo Instituto Federal de Santa Catarina, por meio do laboratório Oficial de Análise de Resíduos e Contaminantes em Recursos Pesqueiros (LAQUA-Itajaí/RENAQUA).

A coleta feita na quarta-feira, 6, pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), já apresentou resultados negativos quanto à presença de toxinas, mas um novo teste realizado com amostras dos estuários de Paranaguá e Guaratuba precisou ser repetido para confirmação.

 

APOIO DA UNIVERSIDADE

O oceanógrafo do Centro de Estudos do Mar, Luiz Mafra Júnior, contou que na universidade é realizada a análise química, o que foi primordial para alertar os órgãos de saúde sobre a incidência do fenômeno. “Por meio das pesquisas, detectamos os primeiros sinais de que o evento estava começando. Monitoramos no CEM os organismos que produzem as toxinas na água do mar. Tendo a presença deles já é um sinal de acúmulo de toxina”, explicou.

 

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Oceanógrafo do Centro de Estudos do Mar, Luiz Mafra Júnior, monitora organismos que produzem as toxinas na água do mar.

 

O pesquisador realiza um trabalho paralelo de pesquisa sobre as algas. “Acompanhando essas duas últimas semanas, o evento como um todo, e a presença das microalgas que liberam a toxina, já vem diminuindo gradativamente desde o dia primeiro de julho. Já as toxinas podem demorar um pouco mais de tempo para desaparecer”, disse.

Foto de capa: AEN

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