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Fenômeno cabeça-d’água deixa grupo ilhado em Morretes

Corpo de Bombeiros resgatou dois adultos e uma criança

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O fenômeno cabeça d’água assustou os moradores no último domingo, 5, próximo das 18h, em Morretes. Com o aumento da correnteza e do volume de água, cinco pessoas ficaram ilhadas em uma pedra localizada na região do morro Mãe Catira. Duas delas conseguiram sair em segurança, enquanto as outras três, sendo duas crianças e um adulto, precisaram de ajuda para sair do local.

A cabeça d´água acontece quando há uma enchente abrupta do rio, normalmente em decorrência de chuvas em sua cabeceira. A operação de resgate foi realizada pelo 8.º Grupamento de Bombeiros do Paraná, com apoio da Polícia Militar, do Samu Litoral e do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA).

Quando as equipes chegaram, um casal de adultos já havia saído com segurança do rio, mas um adulto e duas crianças ainda estavam isolados. “Foram utilizadas técnicas de Salvamento em Águas Rápidas para acessar, equipar as vítimas com coletes fluentes e trazê-las em segurança para a margem. É um resgate que requer muita cautela e treinamento, já que existem muitos riscos para todos os envolvidos, incluindo os bombeiros. Todos foram resgatados ilesos”, divulgou em nota o 8.º Grupamento de Bombeiros do Paraná.

O comandante do 1.º Subgrupamento de Bombeiros do 8.º Grupamento de Bombeiros do Paraná, capitão Icaro Gabriel Greinert, comemorou o sucesso da operação. "Há alguns anos trabalhamos no Corpo de Bombeiros do Paraná, especialmente no 8.º GB Litoral, para implementar doutrina e equipamentos de salvamento em águas rápidas, e quando um atendimento assim é realizado, temos a certeza que estamos no caminho certo”, disse.

 


Dois adultos conseguiram sair em segurança e um adulto e duas crianças tiveram que esperar o resgate do Corpo de Bombeiros

 

Além disso, o comandante ainda parabenizou a equipe que esteve envolvida. “Duas vítimas infantis e uma adulta retiradas em total segurança, parabéns a equipe do Corpo de Bombeiros, através da fração de Morretes: Subtenente Sandro, 3.º Sargento Cristiano e os Soldados Ferreira, Fernandes, Tagata, Assunção, Coca e Ernesto, pelo excelente trabalho”, destacou o capitão Icaro Gabriel.

 

CUIDADOS

Os banhistas precisam ficar sempre atentos à previsão do tempo para evitar o fenômeno, pois não é necessário estar chovendo no local de banho para acontecer a cabeça d’água. “O que provoca são chuvas na cabeceira dos rios, no rio acima, que acabam por desaguar na área em que as pessoas se encontram. Por isso, é muito mais complexo do que observar a chuva no local onde está”, afirmou a 2.ª tenente Virgínia Turra, oficial de Comunicação Social do 8.º Grupamento de Bombeiros.

O próprio Corpo de Bombeiros passa pelos pontos de banho avisando sobre o perigo da cabeça d’água. “Caso veja esse alerta o pessoal local também é avisado por nós, o pessoal que faz o aluguel das boias, eles são alertados pelos bombeiros e conhecem os procedimentos. Ao serem abordados por essas pessoas, acreditem no risco e se retirem da água. Procurem um local seguro”, ressaltou a tenente Virgínia.

Além dos avisos da comunidade local e dos bombeiros, os banhistas devem ficar atentos também a outros indícios como a mudança da coloração da água, o surgimento de galhos e folhas e outros detritos que comecem a surgir. “O aumento da correnteza e da profundidade são sinais que a cabeça d’água pode estar se aproximando. Neste caso, devem, preferencialmente, procurar a margem que dá acesso à rodovia, porém se não conseguir, procurar uma pedra mais alta como fez essa família, ou uma margem que dê acesso a uma mata e esperem com segurança como eles fizeram para que o socorro chegue e possam ser retirados em segurança. Estamos preparados para atuar”, frisou a tenente.

 

 

Fotos: BPMOA

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