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Estilos alternativos ganham as ruas

Independente da idade, homens e mulheres têm criado suas tendências

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Cabelos coloridos, diversas tatuagens espalhadas pelo corpo, piercing, alargadores. Não é difícil encontrar pelas ruas pessoas com perfis e estilos diferentes alterando as tendências de moda e se afastando do conservadorismo de tempos passados. A estudante Caroline de Brito Schicowski disse que a aceitação das pessoas nem sempre acontece. “Mudo a cor do cabelo com tonalizante, às vezes, e tenho 17 tatuagens, algumas são bem grandes. Tenho alguns piercings também. Hoje em dia acho que estão aceitando mais os tatuados, mas já fui dispensada de entrevista de emprego por causa dos meus piercings, um no nariz e um na língua”, contou. “Na minha área, Turismo, já trabalhei em hotel e agência, e sempre fui muito bem recebida tanto por funcionários e empregador, como por clientes”, observou.

A jovem de 27 anos acha importante a liberdade de escolher um estilo independente de opiniões alheias ou mesmo do conservadorismo de algumas pessoas. “Acho importante porque as pessoas podem fazer algo que gostam com o seu corpo. Algo que realmente faça com que elas se sintam bem. Conheço muita gente que gosta e quer mudar, mas tem medo das críticas. Mudar traz um sentimento de liberdade que acredito que não teria se não tivesse feito essas mudanças no meu corpo. Meus pais nunca gostaram das minhas mudanças, mas eu sinto que é algo que preciso fazer para passar por certos períodos da minha vida. Nem que seja uma simples mudança na cor do meu cabelo, isso já traz um ar diferente”, avaliou.

 

 

Caroline disse que as pessoas devem escolher o que acham melhor e pesquisar o que gostam. “Para as mudanças capilares sempre falo que cabelo cresce. Já tive cabelo pela cintura, já deixei liso, cortei Joãozinho e agora estou com Sidecut. Acho que as pessoas não devem ter medo de mudar, devem pesquisar bem o que gostam, que acham que ficará legal e se jogar. Com relação à tatuagem, é algo mais difícil por não ter como remover caso a pessoa se arrependa, mas se ela tem vontade, deve ir e fazer. Se ficarmos pensando demais, a vida passa e não fazemos nada que sempre quisemos”, aconselhou.

Doutoranda em Química na Universidade Federal do Paraná (UFPR), Marina Krasniak, tem apenas três tatuagens, alguns piercings, mas o cabelo é mudado com frequência. Para ela a “aceitação” das pessoas depende de onde ela está. “Depende muito de que grupo estou inserida. Já tenho cabelo colorido há muito tempo, no momento está azul. Também tenho piercings visíveis, e tatuagens que não são tão visíveis. Há cerca de dois anos, parece que as pessoas ligavam mais para isso e eu sentia muitos olhares estranhos na rua. Hoje em dia, parece que o número de pessoas adotando um estilo mais alternativo aumentou, e a aceitação está bem melhor. Inclusive, muitas pessoas perguntam como eu pinto meu cabelo e revelam que têm vontade de fazer o mesmo”, comentou. “Algumas pessoas mais velhas dizem que estou certa em fazer isso e que tenho que aproveitar mesmo já outras tiram sarro na rua, e me chamam por apelidos tipo Smurf. Crianças geralmente ficam bem curiosas, e eu tento ser o mais simpática possível”, afirmou.

 

 

Ela acha que é importante ter a liberdade de escolher um estilo independente de opiniões alheias ou mesmo do conservadorismo de algumas pessoas. “Acho muito importante que as pessoas tenham a liberdade de mudar sua aparência da maneira como se sentem bem. Algumas vezes essas mudanças podem ter um significado profundo, ou outras podem ser apenas pela estética mesmo. No fim das contas, tudo isso é um significado. As minhas tatuagens representam momentos da minha vida e penso que um dia vou olhar para elas e lembrar de como a minha vida era naquele momento. Ao mesmo tempo, também tem a questão estética, acho muito bonito o corpo tatuado. É uma obra de arte”, destacou. “As mudanças na cor do cabelo também representam liberdade. Eu mudo conforme acho que tenho que mudar, quando me olho no espelho e enjoo do que estou vendo, ou quando me inspiro em algo. Mas acho que as pessoas não devem tentar ficar dando significado às mudanças alheias. Por exemplo, já me falaram que eu mudo a cor do cabelo para tentar chamar atenção, ou que tenho piercings e tatuagens para tentar me encaixar em um grupo. Mas isso é totalmente falso e irrita um pouco. No fundo, acho que todo mundo deveria fazer aquilo que sente que deve fazer, e não julgar o que as outras pessoas fazem”, frisou.

 

Foto de capa: Marimoon / Divulgação

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