Bancas registram alta procura de figurinhas e álbuns da Copa do Mundo de 2018

Lançado na metade de março pela empresa Panini e FIFA, o Álbum Oficial da Copa do Mundo de 2018 e as figurinhas já se consolidaram como uma verdadeira “febre” no Brasil em plena era digital, o que demonstra o apego do brasileiro com o impresso. Somente em Paranaguá, duas das principais bancas do Centro venderam cerca de 15 mil figurinhas em um mês, desde o lançamento do álbum. A procura é tão grande que os proprietários das bancas destacam que os distribuidores estão enviando poucos álbuns para a demanda existente, com os impressos se esgotando no mesmo dia em que chegam às prateleiras. 

Cada kit de figurinhas custa R$ 2,00, sendo que o álbum oficial de capa cartão custa R$ 7,90 e o de capa dura cerca de R$ 50,00, algo que rende lucro pelo preço acessível e principalmente pelos consumidores terem que trocar entre si as figurinhas para completar a coleção que envolve jogadores das 32 seleções, estádios da Rússia, sede da Copa, entre outros itens-extras. “Este ano, a procura está alta, mas a distribuidora está falhando com os proprietários das bancas. Eles estão mandando pouco tendo em vista a demanda que está tendo. Vieram em três envios um total de 150 álbuns, dentro deles cerca de 10 de capa dura”, afirma Isabela Rocha do Rosário e Silva, proprietária junto com o seu esposo, Roberto Carlos Silva, da Banca dos Leões, na Praça dos Leões no Centro de Paranaguá.

“Já fizemos vendas de figurinhas em outras copas, mas neste ano está ‘bombando’, está bem legal. As pessoas ainda têm o apego ao papel, em trocar as figurinhas, interagir e se comunicar”, explica Isabela Silva, ressaltando que a procura empolga até mais adultos que crianças. Segundo ela, cerca de 10 mil figurinhas foram recebidas no espaço em menos de um mês, sendo que a cada chegada tudo se esgota em menos de um dia.  

Banca dos Leões vendeu 10 mil figurinhas desde o lançamento do álbum, na metade de março

Eri da Silva, proprietária da Banca da Praça, localizada na Praça Fernando Amaro, destaca que a procura é grande, sendo que no dia em que chegam os álbuns eles já se esgotam. “Nesta Copa de 2018 o pessoal está mais animado. Em média, recebi 40 álbuns simples e 10 de capa dura que esgotaram no mesmo dia. Há falta de figurinhas, vendemos até agora 5 mil figurinhas. É bom para a gente, pois ajuda a movimentar”, ressalta.

De acordo com a proprietária, a entrega dos produtos estaria deixando a desejar por parte dos distribuidores, sendo que eles estariam enviando poucos álbuns e figurinhas para a demanda de Paranaguá. “Isso está ocorrendo no Brasil. Eu acho que eles ficaram com medo ou a logística não foi bem feita”, comenta, destacando que na última Copa houve até assaltos a caminhões com figurinhas. “Eles estão perdendo o melhor momento. Se você procura uma, duas, três vezes, você desanima e não procura mais. Daqui a pouco eles estão mandando e ninguém vai procurar mais”, opina Eri. 

Banca da Praça vendeu 5 mil figurinhas e todos os 50 álbuns que foram entregues

PONTOS DE ENCONTRO DE COLECIONADORES

Segundo Isabela, o carro-chefe de compra de figurinhas e álbuns são as bancas de revistas, sendo que inclusive na Praça dos Leões, em frente à banca, todos os sábados a partir das 9h dezenas de colecionadores se juntam para trocar figurinhas e conversar sobre a “febre”. “Fizemos até uma caixinha de troca de figurinhas. O pessoal vem e deixa aqui. Eles fizeram um grupo no WhatsApp, eles vêm aqui e deixam para a pessoa a figurinha e depois pegam o dinheiro. Isto atrai as pessoas a consumirem outras coisas da banca também”, explica. Cerca de 10 mil figurinhas foram recebidas no espaço em menos de um mês, sendo que a cada chegada tudo se esgota em menos de um dia.