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Especial Porto de Paranaguá

APPA alcançou o primeiro lugar no Índice de Desempenho Ambiental (IDA)

Ações de educação ambiental ajudam a aproximar o porto das comunidades

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A área de meio ambiente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) deu um salto em qualidade nos programas desenvolvidos. Em novembro do ano passado, foi contemplada com o primeiro lugar do Brasil em qualidade de serviços ambientais pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Deixando para trás os 30 portos brasileiros avaliados no Índice de Desempenho Ambiental (IDA), saindo da 26.ª colocação no ranking nacional para o primeiro lugar.

Com isso, a APPA passa a servir de modelo a outros portos do País, pois mostrou ser possível se apoiar no tripé da sustentabilidade, dando destaque ao conceito ambiental, social e econômico. Entre os quesitos avaliados para alcançar o prêmio estão licenciamentos ambientais, treinamento e capacitação, auditoria ambiental, redução no consumo de energia, controle dos diferentes tipos de poluição e monitoramento da qualidade da água.

Levantamento realizado no ano passado apontou crescimento da população de golfinhos no entorno do porto. (Fotos: APPA)

 

O trabalho foi otimizado com a obtenção da Licença de Operação do Porto de Paranaguá pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) em 2013. Com a devida licença em mãos, começaram os investimentos de R$ 35 milhões em projetos e ações de meio ambiente e outros R$ 32 milhões previstos para 2018.

O alcance do prêmio da Antaq é atribuído a esses investimentos, que só foram possíveis em virtude do comprometimento da atual gestão com o tema. O diretor de Meio Ambiente da APPA, Bruno da Silveira Guimarães, afirmou que também foi fundamental trazer uma equipe capacitada que pôde planejar metas a curto, médio e longo prazo. “Começamos um trabalho para buscar as licenças ambientais, que até então o porto não tinha. Hoje, estamos regularizados junto aos órgãos estaduais e federais. Permitiu também que criássemos regulamentos para que as empresas pudessem atuar dentro do porto, além da execução de vários monitoramentos ambientais”, explicou Guimarães.

MONITORAMENTOS

Os monitoramentos ambientais são realizados desde a esfera socioeconômica até aqueles que têm como foco a qualidade da água, efluentes, o controle de energia elétrica entre outros. O controle de zoonoses, por exemplo, é realizado mensalmente e foi capaz de reduzir o número de ratos e pombos no entorno do porto.

“Temos o monitoramento biótico, que vai desde os plânctons, que mal conseguimos enxergar, até o monitoramento de cetáceos, que são os golfinhos e as tartarugas, que mais chamam a atenção”, contou o diretor de Meio Ambiente. Mais recentemente, as aves também passaram a ser monitoradas. “Percebemos o retorno do guará, que voltou para a região em 2009, o que associamos à qualidade do ambiente, que está melhorando ao longo dos anos”, acrescentou Guimarães.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Atualmente, o porto também realiza um importante trabalho de educação ambiental nas comunidades marítimas, a fim de se aproximar desse público. “Hoje, são 15 comunidades insulanas em que executamos este trabalho, distribuídas nos municípios de Antonina, Paranaguá, Pontal do Paraná e alguns programas levamos também para a região de Guaraqueçaba como o Porto-Escola”, declarou.

O trabalho de educação ambiental é voltado aos pescadores e também às crianças. “Acreditamos que eles são indutores do conhecimento. Fizemos recentemente uma carteirinha de agentes ambientais como se estivéssemos dando um poder de polícia para as crianças poderem cobrar pelo cuidado com o meio ambiente”, relatou Guimarães.

Toda a atuação das equipes nessas comunidades mais isoladas aproximou dois universos que pareciam distantes. “Hoje temos uma relação muito melhor com as comunidades, nós conhecemos essas pessoas, se a nossa equipe de educação ambiental chega lá, todo mundo se conhece pelo nome. Quando tem algum problema, eles nos ligam avisando, isso nos trouxe uma relação muito boa que antes não tínhamos. O porto era muito distante da comunidade, eles não entendiam a nossa atividade e nós não estávamos com esse olhar para a realidade deles”, explicou Guimarães.

AUMENTO DA POPULAÇÃO DE GOLFINHOS

No ano passado, a APPA divulgou que o programa de monitoramento de cetáceos registrou a população estimada de 400 golfinhos nos arredores dos Portos do Paraná, o que significa um aumento de 50 indivíduos quando comparado às estimativas dos últimos anos.
O aumento é de 14% no número de avistamentos de golfinhos desde 2014. Para chegar a este levantamento, a equipe percorreu cerca de 4,5 mil quilômetros pelas áreas de entorno dos portos paranaenses, totalizando 300 horas embarcadas. O trabalho resultou no registro de 55 mil imagens e 500 grupos de botos avistados.
 

 

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