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Porto de Paranaguá - 88 anos

Porto de Paranaguá opera com maior calado e atrai navios maiores

A ampliação do calado tem impacto direto na capacidade de embarque, garantindo maior competitividade no mercado internacional

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Foto: Rodrigo Felix Leal/Seil

O Porto de Paranaguá tem recebido grandes navios com os recentes ganhos operacionais, melhorando o aproveitamento da capacidade de carga nos diversos segmentos.

Além de terem mais condições e segurança para navegar pelo canal e atracar nos berços paranaenses, as embarcações têm saído mais carregadas.

Esses resultados foram obtidos com a última atualização do calado, que é a profundidade máxima em que a embarcação pode ser submersa.

Dos 18 berços do Porto de Paranaguá, dez operaram com calado maior em 2022.

Os berços 205/206 (destinados à carga Geral) passaram de 10,90 para 12 metros.

Os berços 209 e 211 (destinados à descarga de granéis sólidos de importação), que tinham calado de 11,30 metros, agora têm 12,50.

Os três berços do Corredor Leste de Exportação – 212, 213 e 214 – foram de 12,50 a 12,80 metros.

E, mais recentemente, os berços dedicados às operações de contêineres – 216, 217 e 218 – foram de 12,30 a até 13 metros de calado, seguindo sempre as normas de segurança determinadas pela autoridade portuária.

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

Ampliação

A ampliação do calado tem impacto direto na capacidade de embarque e reduz os custos operacionais, garantindo maior competitividade dos portos paranaenses no mercado internacional.

Em média, cada metro de calado operacional significa cerca de 7 mil toneladas a mais de grãos, ou 300 contêineres extras, por navio.

“Podemos atribuir os ganhos operacionais ao avanço da obra de derrocagem, ao alargamento do canal de acesso pela última obra de dragagem, às adequações do balizamento e sinalizações náuticas e à criação de um novo grupo técnico para orientar essas operações”, afirmou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

Designado pela portaria 094/2022, o grupo reúne a Portos do Paraná, Praticagem e Capitania dos Portos e tem o objetivo de obter ganhos operacionais e cuidar da manutenção dos mesmos.

“E a nossa expectativa é que tenhamos novos ganhos a partir da dragagem dos berços que está prevista para o 1.° semestre de 2023 e com o término da derrocagem”, completa Garcia.

Navios

O berço externo do píer privativo da Cattalini tem capacidade operacional para receber navios com capacidade para até 70 mil toneladas de carga e 229 metros de comprimento (loa).

O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) já tem recebido navios com 335 metros, mas pode receber até 368 metros. O terminal recebeu o maior navio em comprimento de sua história, com 347 metros e capacidade para até 10,8 mil TEUs: o porta-contêineres APL Yangshan.

No final de outubro de 2022, segundo a TCP, o porta-contêineres Rio de Janeiro Express, do armador alemão Hapag Lloyd (335 metros), atracou com capacidade de transporte de até 13.312 TEUs (unidade específica equivalente a contêineres de 20 pés).

Os maiores graneleiros recebidos no Porto de Paranaguá medem cerca de 293 metros e estão aptos a carregar mais de 100 mil toneladas de carga. É o caso do navio Maran Astronomer, que carregou, no berço 214 do Corredor Leste de Exportação, 107 mil toneladas de farelo de soja e quebra recordes no Porto de Paranaguá.

Navio chega para carregar quase 108 mil toneladas de farelo de soja no Porto de Paranaguá
Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

Além do próprio Maran Astronomer, somente outros dois navios embarcaram mais de 100 mil toneladas de granel em Paranaguá. Um deles foi o E.R. Bayonne, que levou 103.403 toneladas em julho de 2020, e o Pacific Myra, que carregou 105 mil toneladas (abril de 2021).

Com informações da Portos do Paraná

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