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Paranaguá 372 anos

Pastéis do Mercado fazem parte da tradição parnanguara

Desde 1950, os pastéis são feitos no mesmo local, no Mercado do Café

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Quem saboreia os tradicionais pastéis do Kubo, os mais antigos, no Mercado do Café, nem imagina a história que existe por trás da iguaria. A família está na quarta geração e não esconde o segredo do sucesso.

Sérgio Kubo representa a terceira geração da família, a qual iniciou as atividades em 1950

O próprio neto dos fundadores da pastelaria, Sérgio Kubo, ressalta, com modéstia, que não tem segredo. “Hoje é a máquina que faz a massa, mas temos o cuidado de deixar no ponto certo. São vários detalhes, que iniciam desde os ingredientes, a maneira como a massa é passada na máquina, o recheio e também na hora de fritar”, explica.

Deise Kubo mantém o segredo da fritura no ‘ponto certo’

Ou seja, apesar da modernidade ter possibilitado a introdução da máquina, a matéria-prima ainda é a mesma. Talvez esse seja o diferencial do sabor que tem conquistado milhares de paladares ao longo de 70 anos.  

O sabor foi criado pelo avô Kunimi Kubo (falecido no ano 2000) e avó Kimio Kubo, que hoje está com 96 anos. “Eles vieram do Japão. A ideia era trabalhar com pesca, mas isso acabou não dando certo e, em 1950, meu avô começou a trabalhar aqui no mercado, no mesmo local que estamos hoje, só que era um espaço muito menor. Ele alugou e começou a fazer pastel. Com o tempo adquiriu a outra parte”, recorda.

Sérgio Kubo, que hoje administra a pastelaria, está na terceira geração e seus filhos representam a quarta geração. “Naquela época, tudo era diferente. A começar pelo próprio mercado que comercializava também artesanato”, relata.

Uma das curiosidades citadas é em relação aos turistas, que passavam pelo local antes do período da pandemia. “Alguns visitantes chegam a comentar, impressionados, que o sabor é o mesmo, sempre que passam pela cidade, em intervalos de até dez anos. Isso nós não podemos mudar”, destaca.

Equipe ouve relatos de visitantes que vêm de longe provar os pastéis

Pandemia

Pela primeira vez em todos esses anos, a família Kubo atravessa uma pandemia. As vendas chegaram a cair até 60%. “Ninguém estava preparado para isso, foi uma mudança muito grande. Nossas vendas caíram, mas não pararam”, ressaltou Kubo, reforçando que a tradição parnanguara se mantém e vem buscando contornar os obstáculos do momento. O Kubo trabalha com 4 tipos de pastéis: de carne moída (que representa a metade das vendas) e também de banana, queijo e palmito.

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