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Ano Novo 2024

Profissionais relatam como é passar a virada de ano trabalhando

Leonardo é técnico de enfermagem e trabalha na (UPA) de Paranaguá, e Rafael trabalha como socorrista e também é o responsável pela Comunicação Social do Samu

Muitas pessoas aproveitam a virada de ano para celebrar com a família e os amigos, mas há profissionais que precisam trabalhar nessa data tão especial.

Algumas profissões, como socorristas, enfermeiros e técnicos de enfermagem, médicos, bombeiros, policiais e garçons, dentre outras, exigem que estejam disponíveis para atender às demandas da sociedade, mesmo em datas festivas.

A reportagem da Folha do Litoral News, conversou com dois profissionais, um socorrista e um técnico de enfermagem, que atuam na linha de frente do atendimento de emergência e da assistência à saúde, que falam como enfrentam os desafios e as dificuldades para exercer suas funções, como lidar com situações de risco, estresse, cansaço e emoção. Além disso, eles precisam conciliar o trabalho com a vida pessoal, que muitas vezes é afetada pela ausência nas festividades. No entanto, eles também encontram motivação e recompensa em sua profissão, como salvar vidas, ajudar as pessoas, aprender com as experiências e fazer parte de uma equipe. Eles também contam com o apoio e o reconhecimento dos colegas, dos familiares e da sociedade, que valorizam o seu trabalho essencial e imprescindível. 

Leonardo Francisco Pereira, 23 anos, é formado há um ano e meio em técnico de enfermagem, trabalha na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Paranaguá, fala de como é trabalhar em datas comemorativas.

“Costumo dizer que é muito desafiador você trabalhar no ano novo, porque antes de eu entrar na área da saúde, o ano novo tinha para mim um cunho mais festivo, mais celebrativo, e quando eu entrei na área da saúde eu percebi que no intra-hospitalar, dentro de um hospital, a virada do ano novo tem um peso emocional, porque enquanto nas casas existe de alguma forma as festas, as trocas de carícias e presentes, os pacientes em si, eles estão ali, acamados, acomodados e de alguma forma respeitando o fato de que tem que ficar dentro de um ambiente hospitalar”, comenta Leonardo, que antes de se formar, foi por dois anos cuidador de idosos no Lar Perseverança.

Trabalhar em datas especiais faz parte da profissão de quem trabalha nesta área, comenta o jovem técnico em enfermagem. “A gente tem que entender que quando a gente escolhe a área da saúde, a gente já entra com o pensamento, que a gente tem que deixar muitas vezes de pensar na gente para priorizar mais a vida do próximo. Então o enfrentamento das datas especiais como um todo, tanto por parte da equipe médica como da equipe técnica e todos os profissionais que envolvem ele, ela não tem tanta diferença dos outros dias, até porque a gente segue uma escala de trabalho onde não se tem dias específicos em si. Muitas vezes, antes de entrar como profissional da saúde, você pensa que a sua vida se resume apenas à sua família e quando você entra, você tem que entender que existem outras famílias. Então que você tenha um coração bem receptivo, bem humano, para liberar também os afetos e os abraços assim que necessário para essas pessoas que muitas vezes não têm um laço, mas também são pessoas que precisam de alguma forma da gente. Nós profissionais da saúde, nós se reunimos, cada um leva um prato, se dividimos ali dentro do próprio plantão para dar uma comemorada, fazemos uma mesa e assim que sobra um tempinho a gente vai lá, dá um abraço em um, come uma comidinha ali, uma comidinha aqui e toca o plantão não abdicando dessa data tão especial”, diz.

Rafael trabalha como socorrista no Samu e também é responsável pela Comunicação Social

Já Rafael Rodrigues, que trabalha como socorrista no Samu e também é responsável pela Comunicação Social, estando na área há mais de sete anos, fala de como é se ausentar de casa nestas datas festivas.

“Confesso que dá sempre um frio na barriga sair de casa para ir para o trabalho, enquanto todo mundo está se arrumando para ceia, porém sempre tive total apoio de meus familiares, principalmente minha esposa e filho”, comenta Rafael.

Ele conta como faz para conciliar o trabalho com a vida pessoal, que muitas vezes é afetada pela ausência nas festividades. “Às vezes é difícil, como na grande maioria dos meus plantões atuei na escala noturna, tenho que sair próximo das 17h para iniciar o plantão às 19h. Por vezes tive que sair no meio de churrascos de família, lembro que uma vez tive que sair antes do final da festa do aniversário de dois anos do meu filho, com aquele aperto no coração às vezes, porém como disse acima, sempre tive apoio do meu filho e minha esposa, e isso que me dá forças até os dias de hoje”, comenta Rafael.

“Confesso que passar a noite de Natal, ou ano novo longe do meu filho, esposa e familiares, não é fácil, muitas vezes não pude presenciar a reação do meu filho ao abrir aquele tão esperado presente, tive que ver por vídeos gravados pela minha esposa, porém ao final do plantão, quando ele encerra, chegar em casa com a sensação de dever cumprido, é muito gratificante”, externa Rafael que aproveita a ocasião para desejar um Feliz Ano Novo. “Que o ano que se aproxima seja repleto de conquistas, que seja um ano abençoado a todos, e se precisar estamos aqui”, finaliza.

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