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Entrevista

Secretário Municipal de Segurança faz balanço das ações da pasta

João Carlos Silva afirma que o ano de 2017 foi de grandes avanços para a área

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O parnanguara João Carlos Silva assumiu a Secretaria Municipal de Segurança no início do ano passado, na gestão do prefeito Marcelo Roque. Desde então, tem aplicado o conhecimento obtido por 31 anos na carreira de Policial Militar, quando atuava nas ruas em prol da segurança pública.

O ano de 2017 foi de grandes mudanças e a área de segurança sempre foi ressaltada pelo Poder Executivo municipal atual como uma das prioridades, ao lado das questões de saúde e educação, o tripé tão fundamental para a qualidade de vida dos parnanguaras.

Na entrevista, o secretário de Segurança, João Carlos Silva, entre outros assuntos, lembra algumas das conquistas obtidas no ano passado e no início deste ano, uma delas propiciada pela recente entrega de viaturas para a Ronda Ostensiva Municipal (Romu).

Folha do Litoral News: O ano passado foi de mudanças para a cidade de Paranaguá com a nova gestão. O balanço das ações da Secretaria de Segurança é positivo?

João Carlos: A mudança foi 100%, principalmente porque pegamos uma secretaria totalmente desestruturada, com falta de viaturas, falta de coletes, sem capacitação dos guardas municipais, os guardas estavam com baixa autoestima em relação ao trabalho, por isso foi muito difícil. Eu praticamente peguei do zero e 2017 foi um ano bastante positivo em relação à segurança pública de Paranaguá. Antes de assumir o cargo, quando eu vinha para o centro e via os guardas municipais trabalhando, me incomodava muito, a maioria estava sem o seu instrumento básico que é o seu colete balístico. Porque, hoje, as pessoas não diferenciam se é polícia, se é guarda, e até pela criminalidade que vem aumentando, o consumo e o tráfico de drogas me incomodavam, isso acontecia inclusive na área central à noite, então, essa falta do colete foi uma das primeiras coisas que conversei com o prefeito, que falou desde o início que iria responder à altura, incentivou muito a segurança pública no município através destes investimentos. Por isso, uma das grandes conquistas para Paranaguá foi o colete balístico, de uma instituição com 317 guardas municipais, só 60 tinham. Fizemos ainda a capacitação dos guardas realizada logo em seguida, alguns ainda estão em andamento. Quatro guardas municipais foram para São Paulo para o curso de armamento e tiro. A outra grande conquista, que não fui eu enquanto secretário de segurança que conseguiu, tenho uma equipe que estava com os mesmo objetivos que era a valorização da Guarda Municipal. Antes de assumir, aconteceram alguns casos que fiquei muito indignado. As pessoas não respeitavam os agentes fardados, houve agressões aos guardas no terminal. Prometi que na minha gestão isso não iria acontecer, até porque faltava preparo por parte daqueles que comandavam. Tivemos ainda em 2017 a inauguração da Academia de Formação e Capacitação, que em menos de três meses capacitamos 90 guardas municipais para porte de arma já fizemos a aquisição de 100 pistolas.

 

Folha do Litoral News: Recentemente, houve a entrega de mais quatro viaturas para a Guarda Municipal. Como elas vão atuar no município?

João Carlos: Assumimos a secretaria com sete viaturas paradas por falta de manutenção. Com isso, não tinha como colocar o guarda na rua para fazer o patrulhamento ostensivo. Em uma tratativa com o prefeito, locamos essas quatro viaturas, pois muitos municípios do Brasil hoje na área de segurança pública fazem a locação de viaturas, uma maneira mais rápida para dar uma resposta à população. Mandar uma viatura para manutenção demora de dois a três meses, então o processo de locação veio para somar. De início entregamos seis veículos Spacefox e agora entregamos quatro Amaroks para a Ronda Ostensiva Municipal (ROMU), sendo que uma foi para Alexandra para que uma não precise se deslocar até a região das colônias. 

 

Folha do Litoral News: As câmeras de segurança têm ajudado a coibir crimes em Paranaguá?

João Carlos: Em alguns pontos sim. Até porque estamos passando por uma reestruturação da fibra ótica da prefeitura, que era muito lenta e hoje já está melhor. Dias atrás conversei com alguns proprietários de estabelecimentos no centro que me falaram que a implantação das câmeras coibiu um pouco e muitos suspeitos pararam de frequentar o local. Isso tem que ser melhorado, é um dos tópicos dentro da segurança pública, quero ampliar e melhorar. Não temos como fazer segurança sem inteligência. A tendência é a gente aumentar o número de câmeras.

 

Folha do Litoral News: O vandalismo na cidade provoca muitos prejuízos aos cofres públicos e ao turismo no município, a vigilância neste aspecto foi intensificada?

João Carlos: Estamos trabalhando nessa área de monitoramento até para melhorar os locais onde existem prédios históricos e com a ronda. Mas acontece que, muitas vezes, a ronda não fica 24h no mesmo local. De repente, o meliante está ali e pratica o vandalismo. Vejo também por outro lado, acho que é uma questão de cultura. As pessoas dizem que é obrigação do município, do Estado, dever da segurança, mas acho que a responsabilidade é de todos. Paranaguá é de 150 mil habitantes e acho que todos devem se imbuir dessa missão, de cuidar do que é seu. O principal é a denúncia pelo 153.

 

Folha do Litoral News: Com relação ao trânsito, quais foram os principais avanços, na sua opinião, e o que ainda precisa ser feito?

João Carlos: Na parte de sinalização, temos projetos muito bons para este ano, várias partes da cidade já com a revitalização das vias contempladas. Temos a questão do trânsito no viaduto da Rua Professor Cleto, que registrou duas mortes em uma semana. Estive no local e vamos fiscalizar os caminhões, é uma questão de cultura no trânsito, pois a fiscalização começa e muitos não entendem. Naquela região do viaduto, é proibido estacionar caminhões. Nessa semana, ligamos o semáforo da Avenida Belmiro Sebastião Marques com a Rua Júlio Groth Elias e cinco minutos em alerta, as pessoas passam e não observam. Neste cruzamento o semáforo era muito solicitado, é uma via importantíssima para a cidade, que liga os bairros com o Instituto Federal. Ali também estamos com uma campanha educativa para as pessoas aprenderem a respeitar as outras. Seja o ciclista, seja o pedestre, seja o motorista, para que a gente possa ter um trânsito mais seguro dentro de Paranaguá. Até porque temos muito fluxo de caminhões, não temos como tirá-los da cidade. Paranaguá vive em torno do porto, mas acho que se cada um respeitar o espaço do outro, com certeza, teremos um trânsito melhor. Algumas placas foram arrancadas e aquele vândalo que comete essa ação, ele não sabe que aquela placa que ele retirou pode custar a vida de alguém ou a dele mesmo. A população pode denunciar esses atos também pelo telefone 153 ou (41) 3420-6165. Muitas vezes, faço questão de eu mesmo atender à ligação.

 

Folha do Litoral News: Deixe suas considerações finais.

João Carlos: Gostaria de agradecer à Folha do Litoral News, que é de suma importância dentro da sociedade, principalmente por ser o jornal mais lido no litoral e divulga as notícias que são realmente a realidade de Paranaguá. Muitas vezes até chamando a atenção do Poder Público. A Secretaria de Segurança está à disposição, podem contar conosco. Gostaria de agradecer a minha equipe de trabalho, pois esse sucesso de 2017 foi uma somatória. Gostaria de agradecer também à Secretaria de Comunicação da Prefeitura, com a Camila Roque e sua equipe, que é uma peça fundamental porque sem eles a população não sabe o que está acontecendo. Peço para que a população trabalhe junto com a secretaria e que qualquer reivindicação entre em contato pelo meu Facebook e pelos telefones 153 e (41) 3420-6165. Trabalhamos para a população, que merece o nosso respeito e queremos que os anseios dela sejam atendidos pelo Poder Público. Agradeço também ao prefeito Marcelo Roque o grande apoio que deu em 2017 para a segurança, tenho acompanhado vários municípios do Brasil e a segurança está sucateada e fico feliz por ver a evolução da Guarda Municipal, até porque é um reforço a mais para as Polícias Militar e Civil, as quais trabalham em conjunto. Sei que é uma missão árdua, fui por 31 anos policial militar de rua, sei que não é fácil, estava do outro lado da mesa, e agora tenho que correr atrás da estrutura para o meu agente trabalhar.

 

 

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