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Entrevista

Determinação e profissionalismo marcam a vida de Waldir Braz

Waldir Braz é radialista e empresário no ramo de eventos esportivo

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Waldir Braz é nascido em Mafra, Santa Catarina, casado com Maria Luciula Cidral, pai de seis filhos, radialista e empresário no ramo de eventos esportivos, sendo proprietário da empresa Bola na Rede Eventos Esportivos, com estúdio e logística em Paranaguá.

Braz é um dos idealizadores da Copa Litoral que chega a sua 18.ª edição, sendo um dos maiores incentivadores do futebol amador no litoral. Torcedor e apaixonado pelo Rio Branco e simpatizante do Clube Atlético Seleto, tem uma paixão pela culinária litorânea e uma pessoa voltada à família, não abrindo mão do convívio familiar no dia a dia. Nesta entrevista, Braz conta um pouco de sua vida, do tempo em que foi taxista em Curitiba, do seu amor pelo esporte e de sua carreira como radialista. Confira:

 

Folha do Litoral News: Fale um pouco do jovem Waldir Braz.

Braz: Sou nascido em Mafra, cidade do vizinho Estado de Santa Catarina. Ainda jovem comecei a trabalhar no comércio como vendedor. Gostava muito de estar trabalhando nesta área e sempre contando com a ajuda dos meus pais, que me incentivavam muito. Mas como meu pai era ferroviário, trabalhava na Rede (Paraná/Santa Catarina), devido a problemas de saúde da minha mãe, a família teve que mudar para Curitiba, pois a cidade possuía mais recursos para seu tratamento. Ele conseguiu essa permuta de Mafra para Curitiba, onde fomos morar no Capão da Imbuia e, logo em seguida, fomos para a Vila Oficinas, onde temos até hoje uma residência, e fui seguindo minha vida desta forma. Em 1977, comecei a trabalhar como taxista, mas sempre gostando de jogar um futebol e do esporte.

 

Folha do Litoral News: Como surgiu o convite para trabalhar no rádio?

Braz: Neste percurso, conheci várias pessoas e fiz grandes amigos. Como já disse, gostava muito de esporte, inclusive joguei em várias equipes do amador de Curitiba, tive uma grande chance e joguei até os meus 30 anos, fiz parte do elenco do Combate Barreirinha, União Ferraria de Campo Largo, São Paulinho do Xaxim, dentre outras equipes, e como taxista acompanhava muito as rádios esportivas de Curitiba, como a equipe do saudoso Lombardi Junior. Neste período em que trabalhava com táxi e jogava um futebol, conheci Roberto Aciolli, que também era taxista, e também jogávamos juntos, ele centroavante e eu meio campista, muito talentoso e bom jogador, e ele trabalhava com o deputado Luiz Carlos Alborgueti na CNT. Quando nos encontrávamos durante a semana, eu brincava muito de imitação de um ídolo que tinha no rádio esportivo, que era o Lombardi Junior, eu sempre estava narrando o jargão do início das jornadas esportivas e dizia: “Esta gente fina futebol, samba, loteria, alegria… alegria… alegria do Brasil, comigo nesta jornada esportiva nesta jornada esportiva o amigo (fulano de tal), aquele abraço”, e fazia esta brincadeira com os amigos, que me incentivavam, inclusive o Aciolli. Acabei aceitando o convite e comecei a trabalhar no rádio.

 

Folha do Litoral News: Você se lembra de como foi sua estreia como radialista?

Braz: Lembro e muito bem. Foi no programa do Roberto Aciolli, na Rádio Nacional, no bairro Batel. Ele me deu a oportunidade no rádio, para participar no programa policial, e era conhecido pelo apelido de Dico, como era conhecido no futebol, e só não fui Zico por causa do D, (risos…). Fui fazer à noite o registro das ocorrências do dia no Hospital Cajuru, Evangélico e IML. Um determinado dia, novo de rádio, ele me chamou por telefone, e fechei a matéria assim: direto das ruas da cidade de Curitiba, direto para o Jornal Nacional, repórter Waldir Braz. Aquilo virou uma gozação, e já me chamaram de William Bonner, e uma série de coisas. Em Curitiba fiquei trabalhando uns cinco anos em rádio, onde também exercia a profissão de taxista.

 

Folha do Litoral News: E como foi seu trabalho na praça?

Braz: Trabalhei 18 anos como taxista na cidade de Curitiba. É um trabalho bastante perigoso, foi o que me oportunizou trabalhar no rádio. Como já mencionei fiz grandes amigos. Em um determinado dia, acabei sendo assaltado, na madrugada por volta das três horas da manhã, dois jovens e um adultos pegaram o táxi por volta das 21h até às 2 da manhã, andando por Curitiba, e pediram que os levassem até São José dos Pinhais, que teriam que pegar um dinheiro. Quando encostei, deram voz de assalto e me deram dois tiros. O primeiro estava sentado ainda no banco do motorista, e mandou descer e abriu o porta-malas, quando dei as costas para ele, me deu o segundo tiro. Mas acredito que a minha sorte é que naquele época estava bem fisicamente, e foi por Deus. Quando ele me jogou no porta-malas do carro, um Versales, acredito que eles iriam me jogar em umas das cavas da região, consegui segurar a porta e quando arrancou o carro e saiu queimando os pneus, me joguei. Parece coisa de filme, mas foi por Deus. Eles voltaram ainda para tentar me pegar, mas acabei recebendo ajuda de moradores, e logo chegaram polícia, ambulância, então fui para o hospital, e Deus me deu mais uma oportunidade.   

 

Folha do Litoral News: Este assalto mudou seus planos? Foi neste período que veio a Paranaguá?

Braz: Fiquei muito revoltado e recebi muito apoio da esposa e da família. Acabei recebendo um convite de um parente que temos em Itapoá para participar de um casamento, ainda de muleta, acabei ficando e morando onde decidi montar um pequeno comércio, e fui crescendo graças a Deus, só que o local era alugado e os donos pediram o ponto. Neste período surgiu uma rádio comunitária na cidade, e fui lá expliquei que já tinha um tempo de rádio, e foi quando pediram para que fosse fazer uma pauta na APAE da cidade. A matéria foi aprovada e já colocaram no jornal da hora do almoço. Ali começava meu período de rádio em Itapoá. Passei a ficar conhecido na cidade, pois fazia todas minhas pautas a pé, conversando com as pessoas, e passei a cobrir as sessões da Câmara às terças-feiras. Entrevistando os vereadores que apresentaram as solicitações e destaques do dia. Foi quando recebi o convite do presidente da Câmara para fazer um programa direcionado à mesa da Câmara de Itapoá. E passei a apresentar todas as quintas-feiras das 15h às 16h. Passado um tempo, como a rádio era comunitária, acabou fechando. E fiquei sem emprego. Como por onde passei, sempre fiz boas amizades, recebi uma indicação do então prefeito de Itapoá, Ademar Ribas do Vale, para que viesse a Paranaguá na Rádio Litoral Sul que teria um espaço para um programa esportivo. Então eu e um amigo radialista Joel Brasília, viemos para cá em 1999 avalizados, podemos dizer assim, pelo prefeito Ademar do Vale, ao qual sou agradecido até hoje e que faz parte do círculo de amigos. Foi então que iniciamos um programa diário esportivo e que me fez criar esta paixão que tenho pela cidade de Paranaguá e pelo nosso litoral. Na época fui recebido pelo então gerente da rádio Litoral Sul, Seme Said, quando fui bem aceito, e também na sequência pelo Ciro Gimenes. Fiquei na empresa por oito anos. Na sequência, recebi o convite para a Rádio Ilha do Mel onde estou até hoje.

 

Folha do Litoral News: Você é um dos idealizadores da Copa Litoral, que chega a sua 18.ª edição. Como nasceu esta ideia?

Braz: Chegamos em Paranaguá e estava acontecendo o campeonato Paranaense. Logo em seguida sentimos a necessidade de dar continuidade ao trabalho, mas precisávamos de atividades, pois éramos terceirizados na rádio, foi onde procuramos abrir um leque não só esportivo, mas também comercial, para poder vislumbrar uma forma de sobrevivência do programa e nossa também. Surgiu a ideia de organizarmos esta competição, eu e o Joel, que era um empreendimento audacioso, e se fosse depender de pessoas com pensamentos negativos, não teríamos feito nem a 1.ª edição. E graças ao trabalho sempre muito bem organizado e contando com o coordenador técnico Paulo Roberto e coordenador de arbitragem Marquito, chegamos à 18.ª edição sempre coroada de êxito. Mas tenho que externar que nos últimos tempos tenho sentido a falta das autoridades integradas às equipes amadoras nas cidades do litoral. Isso não é para o Waldir, é para a integração do futebol dos municípios litorâneos. E como estamos iniciando um novo período, que tenhamos a participação deles apoiando as equipes dos municípios. Temos a divulgação aqui na Folha do Litoral News, na TVCI, em blogs e na Rádio FM Ilha do Mel que é o carro-chefe, dando uma boa visibilidade para todas as equipes participantes. E graças a Deus estamos prestes a iniciar, no próximo dia 21 de maio, mais um edição da Copa Litoral.

 

Folha do Litoral News: E como é ser o comandante da Equipe Bola na Rede?

Braz: Orgulho. Sinto muito orgulho dos profissionais que não medem esforços para que os nossos ouvintes sejam bem informados. Paranaguá foi uma cidade que me abraçou, não só a mim, mas toda a minha família. A gente vai lutando com dificuldades, chegando aqui como ilustre desconhecido e fomos nos apresentando e abrindo as portas e sendo muito bem acolhidos. Com isso, fomos trazendo profissionais cada vez mais capacitados para estarem conosco, e falo de coração que é a maior equipe de esportes que temos no litoral do Paraná e uma das maiores equipes do Paraná. 

 

Folha do Litoral News: Fica o espaço para suas conclusões:

Braz: Gostaria de agradecer a Deus por ter me proporcionado esta oportunidade de iniciar este trabalho que desenvolvemos até hoje. E não peço outra coisa a não ser saúde, para que possamos estar correndo atrás, a minha família, minha esposa aos meus filhos, as pessoas que acreditaram e continuam acreditando na equipe Bola na Rede e na pessoa do Waldir Braz. E encerro fazendo um agradecimento especial a vocês da Folha do Litoral News, por mais uma vez abrir as portas, fortalecendo cada vez mais a parceria Rádio FM Ilha do Mel, Equipe Esportiva Bola na Rede e Folha do Litoral News. Agradecer ao Gebran e ao Luiz Carlos a todos os funcionários o apoio. E também a todos os nossos amigos ouvintes que nos acompanham em cada jornada ou programa esportivo, o nosso muito obrigado, pois tudo o que fazemos é para melhor informar. 

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