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Educação

Professores do Estado e município paralisam atividades hoje

Greve no Estado é por tempo indeterminado e do município apenas nesta quarta-feira

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Os professores entram em greve hoje em todo o Estado do Paraná, reivindicando diversos direitos para a categoria. De acordo com a App Sindicato, esta quarta-feira será o dia da união e conscientização para lutar contra a Reforma da Previdência e Trabalhista. Além disso, a Reforma do Ensino Médio e o Piso Salarial Nacional também estão em pauta. O Governo Estadual anunciou que haverá falta para os trabalhadores que aderirem à greve.

O presidente da APP-Sindicato do litoral, Claiton Luís da Rocha, afirmou que, a princípio, o prazo da greve é indeterminado. “Haverá mobilizações em Curitiba, na Praça Santos Andrade. Uma das reivindicações é sobre a reforma da Previdência”, declarou. A estimativa da APP é que haja uma adesão de cerca de 70% dos professores da rede estadual no litoral.

 

PROFESSORES

O não cumprimento da legislação é o principal ponto a ser discutido na opinião da professora de História na rede estadual, Carmem Lúcia da Silva. “Nós temos um plano de carreira. Nosso salário está defasado, pois não houve reposição da inflação por dois anos, nossa hora atividade foi diminuída e nossa distribuição de aulas foi terrível. Reuniões são marcadas, mas o governo não quer negociar”, disse.

 


App Sindicato Litoral espera adesão de 70% dos professores

 

Para o professor de Educação Física, Helio Osmar da Silva, as questões que serão debatidas são de nível estadual e nacional. Com relação à distribuição de aulas no Paraná, que foi desfavorável para os professores que tiraram licenças, ele afirmou que muitos foram prejudicados indevidamente. “A licença-prêmio, por exemplo, é de direito, por isso não precisava pôr na classificação. Poderiam ter identificado aqueles professores que faltaram de forma não justificada”, afirmou Helio.

 

GOVERNO DO ESTADO

Segundo informações do Governo do Estado nesta semana, um apelo foi feito aos professores para que não houvesse greve na rede pública. O chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, e a secretária da Educação, Ana Seres, afirmaram que as pautas não podem avançar e que o governo tem feito esforços para valorizar o magistério.

Rossoni lembrou que ao longo dos últimos seis anos a categoria teve reajuste salarial de 146%, enquanto a inflação do período (IPCA) foi de 49%, e que em janeiro foram implantadas as promoções e progressões para a categoria.

Durante a reunião com os dirigentes sindicais, foi informado que os servidores, professores e funcionários, que aderirem à greve a partir de hoje receberão falta. “O governo será irresponsável se assumir compromissos que não podem ser cumpridos. Este é um posicionamento que não vai mudar com a greve”, concluiu Rossoni.

 

REDE MUNICIPAL

Já os professores da rede municipal de ensino irão parar somente no dia de hoje em protesto contra a Reforma da Previdência. O Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Paranaguá (Sismmap) informou que foi enviado um ofício ao prefeito para liberação dos professores para participarem da mobilização nacional. O ofício foi homologado e todas as escolas do município ficarão fechadas e as aulas serão repostas posteriormente.

 

PREFEITURA RESPEITA MANIFESTAÇÃO

O respaldo legal à manifestação foi repassada pela secretária municipal de Educação e Ensino Integral, Vandecy Silva Dutra, à presidente do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Paranaguá (Sismmap), Andréa Elias de Paula, na tarde de terça-feira.

A decisão possui amparo jurídico do Procurador Geral do Município, Dr. Luiz Gustavo de Andrade, por meio do processo N.º 8264/2017, atendendo à ofício enviado pelo Sismmap, que comunicou com antecedência a realização da manifestação.
"Seguindo determinação do prefeito Marcelo Roque, respeitamos a democracia e o livre direito à manifestação da categoria. Prezamos pelo diálogo e os professores nos comunicaram com antecedência do protesto, que é uma pauta exclusivamente nacional com relação às reformas da Previdência e Trabalhista. Além disso, os educadores irão repor o dia de aula parado, demonstrando responsabilidade com nossos alunos", afirma a secretária de Educação.

De acordo com a Procuradoria Geral do Município (Progem), a decisão da Prefeitura garante a liberdade de expressão da categoria e a manifestação possui validade jurídica. Os professores da rede municipal comprometeram-se a não causar prejuízo aos alunos com a paralisação, respeitando o calendário de aulas fixado pela Secretaria de Educação e Ensino Integral (Semedi).

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