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Educação

Escola Bilíngue para Surdos Nydia Moreira Garcêz promove passeata na quarta-feira

Evento será iniciado no Instituto de Educação às 8h30 e percorrerá ruas do centro de Paranaguá

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Na quarta-feira, 26, a partir das 8h30, a Escola Bilíngue para Surdos Nydia Moreira Garcêz promove passeata referente ao Dia do Surdo no centro de Paranaguá. O evento, que terá a participação de alunos surdos de outras escolas do município, será iniciado no Instituto de Educação Dr. Caetano Munhoz da Rocha e percorrerá as ruas centrais, passando pela Secretaria Municipal de Educação e Ensino Integral (Semedi), pela Prefeitura e pelo Terminal Rodoviário Urbano, entre outros pontos. A diretora da escola, Fátima do Rocio de Souza Gonçalves, convida a população a participar da passeata e apoiar a causa da comunidade surda.

De acordo com a diretora, esta é a segunda passeata realizada pela escola e terá início no Instituto de Educação que é uma escola-polo no ensino de Língua de Sinais e formação de profissionais bilíngue. “Convidamos estudantes das escolas Vidal Vanhoni, Faria Sobrinho, Carmen Costa, Helena Viana Sundin, CEEBJA, assim como familiares e amigos da causa, com o intuito de divulgar que a nossa escola existe e está atuando em prol dos surdos e para a visibilidade desta comunidade”, explica.

Segundo Fátima, o dia 26 de setembro foi instituído como o Dia do Surdo por ser a data de inauguração do Instituto Nacional de Educação de Surdo (INES) em 1857, por Dom Pedro, no Rio de Janeiro, sendo esta a primeira escola para surdos do Brasil. “Setembro é o mês dedicado à comunidade surda e possui a cor azul por ser ela presente na fita que diferenciava os deficientes que eram levados para a câmara de gás no nazismo por Adolf Hitler”, completa, explicando a raiz histórica de crueldade e de reflexão da data.

“O Dia Nacional do Surdo é uma data em que tentamos colocar de toda forma esta comunidade em evidência. Há sete milhões de surdos e deficientes auditivos no Brasil, algo que é bom diferenciar, pois o deficiente colocando um aparelho auditivo consegue se comunicar com a fala, no entanto o surdo não, e sempre precisará da língua de sinais para se comunicar. Este é na verdade o idioma deles”, afirma a diretora Fátima. “Surdo é uma identidade firmada. Hoje contamos com 48 alunos na nossa escola. Temos 17 profissionais aqui, entre merendeiras, secretárias e professores. Temos instrutores de línguas de sinais e professores surdos”, completa.

A diretora destacou que a realidade de Paranaguá na área bilíngue dos surdos é diferenciada. “Aqui eles estão cientes de todos os seus direitos e preconceitos na sociedade. Eles são bem críticos e trazemos informações para que eles se desenvolvam”, explica, destacando a presença de alunos desde três anos de idade até adolescentes e adultos.

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