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Educação

APAE Paranaguá atende mais de 50 alunos autistas

Estabelecimento vai inovar inaugurando uma sala de integração sensorial.

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A Escola Municipal Maria Nely Picanço (APAE) realizou na terça-feira, 2, atividades voltadas à conscientização da comunidade sobre o autismo. As ações marcaram a data em que é celebrado, em diversos países, o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, o qual busca chamar a atenção das pessoas sobre o assunto, o qual vem se tornando cada vez mais comum nas esferas sociais.

De acordo com a psicóloga Eliane Assunção, atualmente uma em cada 51 crianças são diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). “Não é uma doença, e sim uma alteração no comportamento que interfere em três áreas do desenvolvimento, a comunicação, a linguagem e o comportamento”, explica a psicóloga.

Eliane faz parte da equipe de profissionais que atua na APAE de Paranaguá fazendo as avaliações nos casos que chegam até o estabelecimento para serem investigados. Isso porque não existe um exame específico que possa identificar que a pessoa possui esse tipo de transtorno.

AVALIAÇÃO

A avaliação consiste em várias etapas, sendo o primeiro contato a entrevista com a psicóloga, a qual faz um levantamento desde a gestação aos dias atuais com o objetivo de levantar dados. Na sequência, a avaliação é ampliada para os demais profissionais que integram a equipe da APAE sendo encaminhado ao médico para obter o diagnóstico final.

“São feitas as avaliações e vários exames para descartar a possibilidade de doenças. Assim que é diagnosticado com autismo podemos saber se é preciso que haja uma interferência dos profissionais da escola”, explicou a pedagoga Mariza Barbosa. Ela também deixou bem claro que não é porque a pessoa é autista que necessita de uma escola especial.

NÍVEIS DE AUTISMO

A terapeuta ocupacional da APAE, Andressa Marques, ressalta que existem três níveis de autismo, o leve, o moderado e o severo. “É dentro dessa classificação que trabalhamos. Muitos podem ter uma vida normal, outros necessitam de um acompanhamento mais próximo. Por isso é importante o diagnóstico precoce”, aponta. Atualmente, a APAE trabalha com 54 alunos diagnosticados com autismo e existem outros 20 casos em processo de avaliação.

CONSCIENTIZAÇÃO

De acordo com a equipe de profissionais da APAE, a população parnanguara já tem um conhecimento maior sobre o assunto. Isso porque de uns anos para cá as campanhas sobre a conscientização foram intensificadas. Essas ações facilitaram a vida das famílias de autistas que passaram a encarar o autismo de outra forma. 

De acordo com as profissionais que atuam na APAE, a cidade necessita de um centro de atendimento específico para atender o autista, como por exemplo: fonoaudiólogos, terapeutas, psicólogos, psicopedagogos, psiquiatras, neurologistas e neuropediatras. “Tendo em vista que a grande maioria dos autistas apresenta alterações sensoriais, a APAE está montando uma sala de integração sensorial. O espaço vai trabalhar o transtorno de processamento sensorial e também implementando o projeto de acomodações terapêuticas em sala de aula”, explica a pedagoga Mariza Barbosa. 

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