Trânsito

Maio Amarelo: Simulador de direção é ferramenta para evitar acidentes

Equipamento proporciona experiência aos candidatos à CNH

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A proposta dos simuladores de direção veicular é auxiliar os candidatos à Carteira Nacional de Habilitação (CNH) a uma experiência segura e completa. Os alunos nos Centros de Formação de Condutores têm cinco aulas nos simuladores antes de dirigir pela primeira vez em um veículo de verdade nas ruas. A diretora de ensino de uma autoescola, Débora Araújo, explicou que o simulador pode auxiliar quem ainda está aprendendo. “No simulador, o instrutor já pode perceber as dificuldades de cada candidato e trabalhar um pouco essas deficiências antes de iniciar a aula prática no veículo. Ele faz cinco aulas no simulador e depois, outras 20 no carro, nas vias”, explicou.

Com o simulador, o aluno tem a oportunidade de treinar de forma virtual como se realmente estivesse dirigindo um veículo de verdade. “O candidato à CNH treina e no simulador não envolve vidas. Ele treina sem envolver situações reais, é algo virtual em que ele inicia a aprendizagem prática”, observou. Débora acredita que em parte, o treino no simulador auxilia o candidato para as aulas práticas em um veículo de verdade. “Em termos, o simulador auxilia o aluno, pois o candidato fica conhecendo antes de dirigir um veículo real, o pedal, a troca de marcha, entre outras questões em que o simulador auxilia. Para aprender nada é melhor que dirigir na rua, mas existem alguns exercícios que fornecem o pontapé inicial para esses candidatos através do simulador”, comentou.

O candidato realiza no simulador alguns exercícios que no dia a dia ele enfrentará ao conduzir um veículo. “Tem exercício de estacionamento, de velocidade, obstáculos, frenagem, entre outros. São apenas cinco aulas que dão o início ao aprendizado fazendo com que o aluno não saia para a direção nas ruas totalmente “cru”, pois através do simulador ele terá algumas noção de direção defensiva, frenagem, entre outras questões que fazem parte do cotidiano de um condutor”, avaliou.

 

SIMULADORES

Os candidatos à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação ou aqueles motoristas que irão mudar de categoria, são obrigados a fazer, no mínimo, cinco horas/aula, de simulação, sendo uma com conteúdo noturno. As aulas ocorrem após o aluno ter feito o curso teórico e antes de iniciar a prática nas ruas. A determinação vale para os que vão dirigir carros de passeios, na categoria B.

 

PROCEDIMENTO

O candidato a motorista deve passar no exame teórico e na avaliação médica. Depois, deve fazer treinamento no simulador por no mínimo cinco horas/aula. Somente após essa fase é que a pessoa inicia as aulas em um carro de verdade (mínimo de 20 horas/aula).

O assunto ainda vai gerar muita discussão. Há quem defenda os simuladores, sobretudo para diminuir a insegurança de quem nunca assumiu o volante de um veículo. Mas a maioria parece ser contra a obrigatoriedade, principalmente donos de autoescola.

Primeiro pelo fator custo: um simulador pode custar mais de R$ 40 mil. Os gastos adicionais são repassados a quem busca sua CNH, ou seja, a obtenção do documento fica ainda mais cara.

Na visão de especialistas em trânsito, a má formação de motoristas no Brasil se deve principalmente à falta de aulas práticas — 20 horas/aula (25 com o simulador) não são suficientes. O simulador pode até amenizar, mas não resolve o problema.

Por enquanto, a resolução vale apenas para a categoria B — carros de passeio. Mas o plano do Contran é estender o uso de simuladores para obtenção de habilitação para caminhões, ônibus e até motos.

 

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