Medida emergencial durará inicialmente dez dias com foco no descongestionamento nas vias de acesso ao Porto
Na sexta-feira, 18, a empresa Portos do Paraná iniciou uma ação conjunta para orientar, prevenir e solucionar o problema da obstrução nas vias de acesso ao Porto de Paranaguá e aos terminais de armazenagem e movimentação de grãos e contêineres. A operação foi batizada de Operação Cateter e, neste primeiro momento, possui o foco educativo voltado aos caminhoneiros, no entanto pode levar ao bloqueio do cadastro do veículo e restringir o carregamento e descarga de produtos. Segundo a Portos do Paraná, o balanço dos quatro primeiros dias da ação é positivo e beneficia a sociedade local, bem como a eficiência logística do Porto de Paranaguá.
“A ação visa a acabar com o estacionamento irregular nas ruas e evitar congestionamentos”, informa a assessoria da Portos do Paraná, sendo que a operação é uma medida emergencial que deve durar cerca de dez dias, podendo ser prorrogada. “É uma ação conjunta da Diretoria de Operações e da Unidade Administrativa de Segurança Portuária (Uasp), em uma tentativa de melhorar o fluxo de veículos e evitar bloqueios no tráfego”, disse o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
De acordo com o diretor-presidente, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) está sendo responsável pelas sanções cabíveis aos operadores portuários, mas as infrações de trânsito, dentro da cidade, são de responsabilidade do município e da Polícia Militar do Paraná (PMPR). “Como autoridade portuária, temos limites de atuação, mas procuramos os agentes envolvidos, incluindo as empresas, para que, juntos, possamos acabar com o estacionamento irregular de caminhões que gera problemas não apenas para a operação do porto, mas para toda a cidade”, complementa Luiz Fernando Garcia.
BALANÇO
“Resultados já são bastante otimistas. A operação já surtiu o efeito desejado no sentido de que os motoristas tomem consciência das irregularidades que estão sendo cometidas e que vão procurar outras áreas ociosas para que deixem seus veículos”, ressalta chefe da Unidade Administrativa de Segurança Portuária da Portos do Paraná, major César Kamakawa
O chefe da Unidade Administrativa de Segurança Portuária da Portos do Paraná, major César Kamakawa, afirma que o balanço da Portos do Paraná da operação Cateter é positivo. “Os resultados já são bastante otimistas. A operação já surtiu o efeito desejado no sentido de que os motoristas tomem consciência das irregularidades que estão sendo cometidas e que vão procurar outras áreas ociosas para que deixem seus veículos. O entorno da faixa portuária deve ser mantido para que outros usuários, profissionais caminhoneiros, venham e façam a sua operação de carga e descarga tranquilamente”, explica.
Segundo o major, a operação também é importante para reduzir o impacto viário dos caminhões na cidade. “A modalidade logística tem que ter uma constância na sua movimentação e funcionamento. A partir do momento em que isso é rompido iremos observar o que vem acontecendo em horários de pico: o estrangulamento no trânsito causa transtornos para os caminhoneiros e principalmente para os moradores na região. Para a empresa pública isso é um grande desgaste, ela tem que se manter sempre na vanguarda para que isso não aconteça e para que otimize o seu dia a dia e resolva essas questões”, explica.
Outro foco é o caráter pedagógico da ação, algo que posteriormente passará para cadastro e bloqueio de veículos e caminhoneiros que desrespeitarem as normas de trânsito. “O período atual é de orientação. As informações estão sendo repassadas e, a partir do momento em que a fase de orientação se encerrar, as penalidades administrativas poderão incorrer nesse bloqueio de cadastro e, consequentemente, no seu acesso à faixa portuária, desde o corredor de exportação, como também no Terminal de Contêineres de Paranaguá”, explica Kamakawa.
Segundo o chefe da Unidade Administrativa de Segurança Portuária da Portos do Paraná, toda operação conjunta é benéfica e fortalece a segurança pública. “Queremos que tudo isso seja otimizado da melhor maneira possível, não gerando traumas, mas para que todos tomem consciência da sua importância na participação e resolução deste conflito eventual no trânsito”, finaliza Kamakawa.
Com informações da Portos do Paraná