Segurança

Oficina Pública da etapa de formação do curso de Defensoras Populares do IFPR é realizado no PAM em Paranaguá

Atividade ocorreu na quinta-feira, 17, e abordou os diferentes tipos de violência doméstica

Curso foi ofertado pelo Instituto Federal do Paraná (IFPR), campus de Paranaguá, em parceria com a Defensoria Pública do Paraná (DPP) (Foto: Folha do Litoral News)

Curso foi ofertado pelo Instituto Federal do Paraná (IFPR), campus de Paranaguá, em parceria com a Defensoria Pública do Paraná (DPP) (Foto: Folha do Litoral News)

Na tarde da quinta-feira, 11, o Ponto de Atendimento à Mulher (PAM), localizado no Terminal Urbano de Paranaguá, recebeu uma Oficina Pública que foi etapa de formação do curso de Defensoras Populares, algo ofertado pelo Instituto Federal do Paraná – Campus de Paranaguá (IFPR Paranaguá) em parceria com a Defensoria Pública do Paraná (DPP). A atividade tem como objetivo orientar o público feminino sobre os diferentes tipos de violência contra mulheres, crianças e adolescentes, a população que transitava pelo terminal.

Na ocasião, as participantes, chamadas de defensoras populares, realizaram a divulgação do curso e suas áreas de atuação, além de receberem orientações sobre formas de abordagem e como orientar outras pessoas, mesmo quando a situação de violência doméstica não esteja manifestada.

“Muito mais do que simplesmente informar o que é, é também colher informações se a pessoa está em situação de violência ou não. Isso é fundamental”, destaca o professor do IFPR e coordenador do curso, Roberto Martins de Souza.

Período de curso

O professor Roberto explica que o curso é ofertado pelo Instituto, geralmente a partir do mês de maio, estendendo-se até dezembro. Ao todo, são sete meses de formação, com carga horária de 160 horas e aulas realizadas um dia por semana, no período da tarde.

“Durante esse curso, elas vão ter noções básicas sobre direitos humanos, justiça social, sobre direito das mulheres, direito das famílias, direito das crianças e dos adolescentes, em parceria com a Defensoria Pública, que nos fornece os defensores que vão até o campus e passam, portanto, a fazer aulas e trocar experiências e trazer conhecimentos para elas. Ao mesmo tempo, as mulheres também trazem essas experiências que boa parte delas passou, viveu, conhece muito bem situações de violência doméstica”, explica.

 “Muito mais do que simplesmente informar o que é, é também colher informações se a pessoa está em situação de violência ou não. Isso é fundamental”, destaca o professor do IFPR e coordenador do curso, Roberto Martins de Souza (Foto: Folha do Litoral News)
“Muito mais do que simplesmente informar o que é, é também colher informações se a pessoa está em situação de violência ou não. Isso é fundamental”, destaca o professor do IFPR e coordenador do curso, Roberto Martins de Souza (Foto: Folha do Litoral News)

O curso inicia com o período de inscrições, geralmente entre fevereiro e março. Em seguida, ocorre o processo seletivo, que não envolve prova, apenas uma entrevista. A classificação para ingresso no curso leva em consideração situações de violência doméstica, além de condições de vulnerabilidade social e econômica. As aulas têm início no final de maio.

 “A partir do mês de fevereiro e março, nós vamos às escolas aqui do município, nos colégios estaduais, onde é ofertada a Educação de Jovens e Adultos (EJA). O curso tem esse direcionamento. Mas a gente vai também fazer uma busca ativa em associações de moradores, especialmente na periferia da cidade, movimentos organizados. E, a partir daí, os próprios alunos que já frequentaram o curso também divulgam o curso. Quanto mais você está vulnerável economicamente ou mais ameaçada na situação do seu direito enquanto mulher, você tem uma pontuação maior”, destaca.

“Ficamos surpresos com a importância do PAM, esse equipamento público aqui no atendimento das mulheres, justamente nesse local. O PAM deu agora o apoio para a atividade delas. E a gente pretende, no próximo ano e nos próximos anos, fazer uma boa parceria com o PAM, com as pessoas que atuam aqui dentro, com a Secretaria, porque a gente percebe que já existe uma ação no município que a gente precisa buscar essa agregação para potencializar o poder de alcance dela”, completou o professor.

Estudante destaca a importância estratégica do PAM para o enfrentamento da violência contra a mulher

A aluna do curso, Juh Oliveira, frisa que o PAM é um importante ponto estratégico, principalmente por estar localizado em um local por onde transitam mais de 17 mil pessoas por dia. “Viemos no intuito de abordar pessoas aqui no terminal para motivá-las a denunciar violências que elas sofrem ou que já presenciaram, viram. E descobrimos o PAM, que a gente não conhecia, mas sabíamos que existia a Secretaria da Mulher, porém não tínhamos esse conhecimento que era tão importante, que elas já estavam atuando e que já conseguiram fazer vários atendimentos muito importantes. E é um ponto muito estratégico”, compartilhou.

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A aluna do curso, Juh Oliveira, frisa que o PAM é um importante ponto estratégico, principalmente por estar localizado em um local por onde transitam mais de 17 mil pessoas por dia (Foto: Folha do Litoral News)

“Aqui no PAM elas tentam fazer com que todas essas mulheres consigam ter uma renda fixa sem depender de um externo, de um terceiro, ofertando cursos e tudo mais. Então isso é muito importante porque vemos que as mulheres estão saindo desse ciclo de violência e é importante para sabermos que tem pessoas que estão lutando por isso”, finalizou.


Oficina Pública da etapa de formação do curso de Defensoras Populares do IFPR é realizado no PAM em ParanaguáAvatar de Elano Squenine

Elano Squenine

Estudante de Jornalismo desde 2025 pela Uningá, Elano Squenine atuou como repórter, pauteiro e produtor em uma emissora de rádio. Atualmente, ele exerce suas funções na Folha do Litoral News como coprodutor (MEI).

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