Segurança

Junho Laranja: médica emergencista alerta para os riscos de queimaduras nas festas juninas 

Dia Nacional de Luta Contra Queimaduras é celebrado nesta sexta-feira, 6

Como uma forma de alertar, reforçar a conscientização e promover ações preventivas surge o Junho Laranja, campanha alusiva ao Dia Nacional de Luta Contra Queimaduras, celebrado no dia 6 de junho (Foto: Sebrae)

Como uma forma de alertar, reforçar a conscientização e promover ações preventivas surge o Junho Laranja, campanha alusiva ao Dia Nacional de Luta Contra Queimaduras, celebrado no dia 6 de junho (Foto: Sebrae)

O mês das festas juninas começou, e com ele, cresce o alerta para a importância de prevenção de acidentes, especialmente com queimaduras, que podem ser causadas pelo contato direto com as chamas das fogueiras, com bebidas quentes, explosões de fogos de artifício além de substâncias inflamáveis. Por conta disso, como uma forma de alertar, reforçar a conscientização e promover ações preventivas surge o Junho Laranja, campanha alusiva ao Dia Nacional de Luta Contra Queimaduras, celebrado no dia 6 de junho (sexta-feira). Dependendo da gravidade, as queimaduras (1.º, 2.º ou 3.º grau) podem causar morbidade, hospitalização prolongada, desfiguração e incapacidade, além de cicatrizes.

Em entrevista à Folha do Litoral News, Michella Przybycien, médica emergencista do SAMU Litoral, explicou os tipos mais comuns de queimaduras durante o período de festa juninas, a importância do Junho Laranja, os primeiros socorros caso haja contato direto com o fogo, entre outros assuntos importantes para manter a segurança e não interromper as comemorações. 

Segundo a profissional, as queimaduras térmicas, principalmente de 1ª e 2ª grau são as mais frequentes nesta época. “A diferença entre elas são profundidade da pele e tecidos subjacentes, ou seja, na espessura da queimadura e a complexidade das lesões”, explica. 

Junho Laranja

Michella Przybycien, ressalta ainda que a campanha Junho Laranja ajuda na educação e principalmente na prevenção de acidentes a população durante as festas juninas. “Junho é marcado por festas juninas onde os riscos aumentam devido a exposição em aos fogos de artifício e fogueiras, e campanha orienta sobre a prevenção às queimaduras, ensinando os primeiros socorros de forma correta, promovendo a conscientização em relação aos perigos sobre os fogos e fogueiras, e principalmente caso ocorra queimaduras apoiando as vítimas conscientizando na importância da reabilitação física e emocional”, reforça a profissional.

Faixa etária

As crianças e os adolescentes são as faixas etárias com maior nível de risco durante este período. “As crianças são curiosas e o fogo exibe um fascínio para elas, e por elas apresentarem a pele mais sensível podem sofrer mais complicações e gravidade, e os adolescentes pela manipulação imprudente dos fogos de artifício e mesmo se houver presença de um adulto o certo é não deixar manipular, pois as consequências podem ser fatais em qualquer faixa etária”, explica. 

Se a queimadura apresentar bolhas, a profissional orienta procurar atendimento médico de imediato. “Principalmente em face, mãos, pés, região genital ou articulações. Em caso de dificuldade respiratória devido inalação de fumaça e queimaduras causadas por explosão ou choque elétrico, também”, orienta. 

Primeiros socorros

De acordo com Michella, o procedimento correto a se fazer caso haja o registro de queimadura é afastar-se imediatamente da fonte de calor, lavar a área afetada com água corrente fria por 10 minutos, cobrir com um pano limpo, úmido e que não grude na pele e nunca estourar as bolhas, evitando assim infecção. “Nunca aplicar manteiga, pasta de dente, pomadas ou produtos caseiros. E sempre procure atendimento médico se a queimadura for extensa ou profunda, atingir o rosto, mãos, pés ou genitais, e se houver sinais de infecção (vermelhidão intensa, secreção, dor persistente)”, alerta.

Riscos ao tratar a queimadura de forma caseira, sem orientação médica

Tratar queimaduras de forma caseira e sem orientação médica pode causar sérios problemas, como infecções graves devido à aplicação de produtos inadequados, que podem contaminar a lesão e agravar o ferimento. Além disso, esses produtos podem reter calor, piorando o quadro clínico, e contribuir para a formação de cicatrizes e outras complicações internas. É importante lembrar que queimaduras também podem provocar desidratação. “Somente lave com água fria e conforme comentado acima procure atendimento médico”, finaliza Michella.

Dados dos anos de 2022 e 2023 no Paraná

Conforme informações do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) do Paraná, em 2022 foram realizados 913 acionamentos por queimaduras, com 941 vítimas. Em 2023 esses números saltaram para 1.367 acionamentos, com 1.402 vítimas, um aumento de 49%. Quando comparado somente o mês de junho, são 47 atendimentos com 50 vítimas em 2022 e 107 atendimentos com 107 vítimas em 2023, num aumento de 68%.

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Elano Squenine

Estudante de Jornalismo desde 2025 pela Uningá, Elano Squenine atuou como repórter, pauteiro e produtor em uma emissora de rádio. Atualmente, ele exerce suas funções na Folha do Litoral News como coprodutor (MEI).