conecte-se conosco

Segurança

Governo lança ferramenta para bloquear celulares roubados

Projeto Celular Seguro já está em funcionamento; entenda como funciona

Publicado

em

Foto: Divulgação/MJSP

Só quem já teve um aparelho celular furtado ou roubado sabe o transtorno que é passar por essa situação. Atualmente, o celular concentra muitas informações sobre o usuário: senhas, acesso a banco e lojas online, redes sociais, e-mails entre tantas outras funcionalidades. Com o objetivo de proteger todos esses dados, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) lançou, na tarde de terça-feira, 19, o Projeto Celular Seguro.

Trata-se de um site e aplicativo pelo qual os usuários podem bloquear o aparelho e aplicativos existentes nele de forma rápida, minimizando os transtornos decorrentes de furto e roubos de celulares. Não há limite para o cadastro de números, mas eles precisam estar vinculados ao CPF para que o bloqueio seja efetivado.

O aparelho, desta forma, fica inutilizável e a expectativa é que, como consequência, as ocorrências de receptação também devem reduzir.

Como funciona

O site (https://celularseguro.mj.gov.br/) já pode ser acessado pelos brasileiros e o aplicativo passou a ser disponibilizado na quarta-feira, 20, para Android e iOS. O registro do usuário será feito com a mesma conta utilizada no gov.br. Cada pessoa cadastrada no Celular Seguro poderá indicar outras, que poderão efetuar os bloqueios da linha telefônica, caso o titular tenha o celular roubado, furtado ou extraviado.

Também é possível que a própria vítima bloqueie o aparelho acessando o gov.br por um computador. O cadastro de “pessoas de confiança” é opcional e, se registradas como contatos de emergência, elas não terão acesso aos dados do celular, podendo, apenas, comunicar o crime no site ou aplicativo Celular Seguro, gerando o bloqueio do aparelho e de aplicativos.

Não há a opção de bloqueio temporário. Caso o aparelho seja recuperado, o usuário terá que entrar em contato com a operadora de telefonia e com os demais parceiros do Projeto Celular Seguro, como bancos e aplicativos, para reativar seus acessos.

Solução direta

O secretário-executivo do MJSP, Ricardo Cappelli, destacou que o projeto materializa a estruturação de uma medida que apresenta solução direta para a população.

“Quando tentamos enfrentar este problema do ponto de vista da ocorrência ele é muito pulverizado, então começamos a pensar em como enfrentar a questão de forma estruturada. Precisamos incidir sobre os problemas reais da população, que está em todas as partes do Brasil. Sem dinheiro em papel, o aparelho é um grande patrimônio, porque nele constam dados pessoais, bancários, cartões de crédito. Toda a vida está ali”, relatou Cappeli.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), instituições financeiras e entidades privadas são parceiras da ação.

Para o diretor-presidente da Anatel, Carlos Manuel Baigorri, o aplicativo foi desenvolvido de forma prática e objetiva. “Essa visão objetiva fez com que a iniciativa fosse entregue de forma rápida e assertiva. Um conjunto grande de agentes está imbuído em um objetivo comum de trazer mais segurança ao cidadão”, destacou Baigorri.

Ações

Após o registro de perda, roubo ou extravio do celular, os bancos e instituições financeiras que aderiram ao projeto farão o bloqueio das contas. O procedimento e o tempo de bloqueio de cada empresa estarão disponíveis nos termos de uso do site e do aplicativo. O bloqueio dos aparelhos celulares seguirá a mesma regra. Até fevereiro, as empresas de telefonia também passarão a efetuar o corte das linhas.

Na avaliação do diretor de Comunicação da Febraban, João Borges, o projeto também dá mais agilidade na proteção aos dados da vítima. “Cada minuto que corre, corre a favor do crime, então ter um dispositivo que bloqueia tudo é importante, ainda mais em meio à tecnologia avançada que o crime usa. É um problema social a ser combatido”, avaliou.

O presidente-executivo da Conexis, que reúne as empresas de telecomunicações e de conectividade, Marcos Ferrari, também participou da cerimônia de lançamento e assinou o termo que oficializa o projeto. “É uma grande medida, que vai facilitar principalmente a vida da população de baixa renda. Ter o acesso mais simplificado vai ajudar a usar os instrumentos que já existem. Quero parabenizar o MJSP e exaltar as operadoras”, disse Ferrari.

Além das instituições e empresas que já aderiram ao Projeto Celular Seguro, outras companhias e entidades assinaram protocolo de intenções para posterior adesão.

Com informações do Ministério da Justiça

Em alta

plugins premium WordPress