Revitalização do Santuário do Rocio será a novidade para Festa da Padroeira de 2017

O padre Joaquim Parron, reitor do Santuário do Rocio, tem passado uma importante notícia no final das missas: “Em setembro começa a revitalização e pintura desta igreja e será concluída antes da festa da padroeira”.

O anúncio era muito esperado pelos devotos e pelos moradores do entorno. Sandra Baleche Cunha mora no bairro há mais de 50 anos é voluntária no Santuário e maestrina do Coral, ela conta que a revitalização está sendo comemorada por toda a vizinhança, “ficamos felizes com a iniciativa do Padre Parron, quero ver a igreja linda, com uma cor marcante, assim como a conheci nos bons momentos da minha vida”, recorda.

Adan Carlos Silva, que administra a igreja, conta que os trabalhos se iniciam nos primeiros dias de setembro e tem devem ser concluídos em 45 dias. “Estamos procurando parceiros para complementar e custear a obra. Para a pintura, após fazer alguns orçamentos, contratamos uma empresa local, a Cirlene Tintas. Vamos fazer também a limpeza do telhado e da torre”, explica o administrador. Adan Silva, lembra ainda que a última reforma de grande porte foi feita há mais de 10 anos, “Como profissional fico contente em ajudar n execução destas melhorias, como devoto considero que é um presente do povo para Nossa Senhora do Rocio, Padroeira do Paraná”.

O projeto foi solicitado pelo reitor, ao arquiteto, especialista em restauração histórica, Luiz Marcelo Bertoldi de Mattos. Nascido em Curitiba, Bertoldi de Mattos veio morar em Paranaguá há 25 anos, exatamente para trabalhar nesta área, na cidade mãe do Paraná. “Meu contato com o devoção e história de Nossa Senhora do Rocio é anterior à mudança, vem da infância, com minhas avós, muito devotas, que pediam para rezar pela família no Santuário e dirigir meus pedidos à Nossa Senhora”, lembra o especialista. “Já meu contato profissional foi há uns 11 anos, exatamente com o Padre Parron, que tem especial cuidado e atenção com o patrimônio histórico da cidade”, elogia Mattos.

Segundo o arquiteto, o importante neste trabalho é resgatar as características da época em que foi concluída a edificação, no caso 1920. Historicamente entre 1900 e 1930, Paranaguá se desenvolveu de forma pujante, porque os melhores materiais europeus chegavam pelo porto, assim como o conhecimento de sua aplicação. Para escolher a cor foi feito um estudo de cromatização da edificação “usamos o processo de prospecção, uma raspagem para retirar as camadas de tinta e outros materiais até encontrar a cor mais antiga. No Rocio, encontramos um tom alaranjado aplicado com uma massa onde havia a mistura de granilha com mica (um mineral brilhante). Este composto fazia a igreja cintilar com os raios de sol”, comentou.

Luiz Marcelo Bertoldi doou o estudo de cor e o projeto para o Santuário e fala com alegria sobre a expectativa ao final da obra, “desejo homenagear Nossa Senhora do Rocio, os fiéis e a cidade. A cor original era linda, como fiz este trabalho para as pessoas, quero que fiquem felizes, na verdade quero vê-las encantadas”