Na terça-feira, 31, o Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio da 2.ª Promotoria de Justiça de Paranaguá, realiza uma audiência pública para discutir a inclusão da Festa Estadual de Nossa Senhora do Rocio como patrimônio imaterial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e a necessidade de melhorias estruturais para o bairro Rocio. A audiência acontece às 19h, no Salão Social do Santuário, na Praça Padre Thomas Sheehan, 211.
O Missionário Redentorista, Irmão Jorge Tarachuque, responsável pela administração do Santuário do Rocio, destacou que a população é essencial para apontar às autoridades as reivindicações em prol da qualidade de vida da comunidade e de inúmeros setores do local com necessidade de melhorias.
“É fundamental a participação da população do Rocio e de Paranaguá na audiência pública, no sentido de observarmos e exigirmos melhorias do bairro. O Santuário do Rocio é tão importante quanto todo o entorno e população do bairro. A intenção é realizar benfeitorias principalmente no acesso ao bairro e na segurança, enfim, em qualquer impacto que afete os cidadãos do Rocio, abrangendo também a questão da movimentação, poluição, melhorias das vias, enfim, tudo o que diz respeito a uma vida mais digna para a nossa população”, afirma o Missionário Redentorista, Irmão Jorge Tarachuque.
De acordo com o MPPR, serão apresentadas à população as implicações legais que o registro da Festa do Rocio como patrimônio imaterial trará para a localidade e para a população do bairro. O IPHAN enquadrou a comemoração como patrimônio, relacionando a festividade nos seguintes itens: “celebrações (como a festa); lugares (como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas); práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; e formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas de determinada localidade”, informa a 2.ª Promotoria, destacando que o fato possui legalidade na Constituição Federal nos artigos 215 e 216.
Santuário do Rocio está passando por últimos preparativos para a Festa Estadual da Nossa Senhora do Rocio. Na foto, o Irmão Jorge Tarachuque e o reitor padre Parron
A 2.ª Promotoria de Justiça destaca que em diálogo com a população serão identificadas junto às autoridades, entre elas representantes do IPHAN, Festa do Rocio e da Secretaria Estadual de Cultura, demandas prioritárias abrangendo não só a festividade, como também a revisão do Plano Diretor Municipal e consequências ao bairro, bem como demandas prioritárias que os cidadãos apontem como necessárias para o Rocio.
“Quero destacar a importância de que a população do Rocio participe e fale na audiência pública, sugerindo junto ao Ministério Público e autoridades proposições que digam respeito às melhorias que o próprio povo quer para o bairro. É um bom começo para a população ter uma participação ativa, construir a sua história para tornar este bairro do Rocio ainda mais estruturado e aconchegante, tanto para os cidadãos que residem aqui, quanto para os peregrinos. Que o bairro do Rocio seja um cartão-postal da cidade”, finaliza Irmão Jorge Tarachuque.