Portos do Paraná

Portos do Paraná garante R$ 5,1 bilhões em investimentos e consolida modelo de arrendamento e concessão

Segurança jurídica e expansão da infraestrutura garantem o futuro dos portos paranaenses

A principal vantagem das concessões é a regularização dos contratos de arrendamento (Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná)

A principal vantagem das concessões é a regularização dos contratos de arrendamento (Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná)

Após realizar nove leilões que regularizaram 100% das áreas portuárias — denominadas PAR — destinadas à exploração privada, e com a concessão do Canal de Acesso ao Porto de Paranaguá, também por leilão, a Portos do Paraná garantiu R$ 5,1 bilhões em investimentos na estrutura portuária.

Além dos valores estipulados em contrato, mais R$ 1,3 bilhão proveniente das outorgas também será aplicado — pela Autoridade Portuária — na modernização e ampliação da infraestrutura do segundo maior porto do Brasil e o mais eficiente da América Latina.

“O Paraná é vanguarda também no setor portuário. Fomos a primeira autoridade portuária brasileira a obter a delegação de competências para realizar seus próprios leilões, a primeira a regularizar 100% das áreas e a primeira a leiloar o próprio Canal de Acesso”, destaca o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior.

“Com a regularização das áreas, estamos trazendo novos investimentos que garantem mais segurança operacional. Com isso, teremos mais eficiência na movimentação de cargas, mais competitividade e, consequentemente, mais negócios para os nossos portos”, afirmou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

A principal vantagem das concessões é a regularização dos contratos de arrendamento. Várias áreas estavam com contratos precários há mais de uma década. Os novos arrendamentos permitirão aportes financeiros na infraestrutura de todo o complexo portuário, promovendo uma produtividade ainda maior e mais eficiente no hub logístico.

Até 2018, várias áreas eram exploradas com instrumentos ou contratos precários — alguns por mais de uma década — o que impedia a realização de novos investimentos. Ao mesmo tempo, não havia remuneração adequada para a Autoridade Portuária. Com os novos arrendamentos, haverá um incremento significativo nas infraestruturas de todo o complexo portuário, elevando a eficiência e a produtividade do hub logístico.

Entre os investimentos previstos estão as construções do Píer em “T” — que será o novo corredor de exportações leste — e do Píer em “F”, que conectará os terminais do novo corredor oeste. Também está prevista a expansão do píer de líquidos, com a interligação dos terminais que operam esse tipo de carga.

Leilões consolidam modelo de gestão portuária

A primeira fase da construção do Píer em “T” está orçada em R$ 1,2 bilhão. O valor virá dos aportes a serem realizados, em grande parte, pelas empresas que, em abril de 2025, conquistaram o direito de uso dos PARs 15, 14 e 25, além da própria Portos do Paraná.

A primeira fase da nova estrutura contará com dois berços de atracação e um sistema ultramoderno de esteiras transportadoras, que levarão os produtos dos terminais aos porões dos navios em alta velocidade. Atualmente, o sistema movimenta cerca de 3 mil toneladas de soja e de outros grãos e farelos por hora em um único berço. Com a nova estrutura, esse volume subirá para 8 mil toneladas por hora em cada berço.

Além desses investimentos em infraestrutura de acostagem, as arrendatárias deverão aplicar mais R$ 1 bilhão em melhorias nas áreas arrematadas, onde estão localizados os terminais.

Já o PAR09, destinado à movimentação e armazenagem de granéis sólidos vegetais e leiloado em 2023, também promoverá melhorias na área comum do porto. A empresa arrendatária deverá construir a primeira etapa do Píer “F”, que conectará os terminais do corredor oeste, além de realizar melhorias em sua área de atuação.

O PAR50, também concedido em 2023, tem como obrigação ampliar a estrutura da área arrendada e promover a expansão do Píer “L”, destinado às cargas líquidas. O píer conectará todos os terminais que movimentam granéis líquidos.

O prazo para conclusão dos investimentos das arrendatárias varia de cinco a sete anos, conforme cada contrato. O período começa a contar a partir do momento em que as empresas assumem definitivamente as concessões.

PARs concluídos impulsionam o crescimento

Os PARs 01, 12 e 32 foram os primeiros a serem leiloados e já concluíram as obras previstas em contrato.

O PAR01, destinado à movimentação e armazenagem de carga geral — especialmente papel e celulose —, recebeu R$ 146 milhões e está em plena atividade. Somente em 2024, mais de 500 mil toneladas de celulose foram movimentadas na área.

De acordo com o edital, o PAR12 recebeu R$ 32,4 milhões em melhorias para movimentação de cargas roll-on/roll-off (veículos). Somente em 2024, mais de 7,5 mil veículos passaram pelo pátio. De outubro de 2024 a janeiro de 2025, já são mais de 32 mil veículos.

No PAR32 — destinado à exportação de cargas gerais, especialmente açúcar ensacado e a granel — foram aplicados mais de R$ 11,8 milhões.

Canal de Acesso: um salto histórico na infraestrutura marítima

O leilão do Canal de Acesso foi o mais recente, coordenado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), em conjunto com a Portos do Paraná, no dia 22 de outubro. O Consórcio Canal da Galheta Dragagem, formado pelas empresas FTS Participações Societárias S.A., Deme Concessions NV e Deme Dredging NV, venceu a disputa ao oferecer o desconto máximo da tarifa (12,63%) e um lance de outorga de R$ 276 milhões.

Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos, o modelo adotado em Paranaguá será referência para futuros leilões de canais de acesso em Santos (SP), Itajaí (SC), Bahia e Rio Grande (RS).

“Este leilão dá previsibilidade ao setor produtivo e segurança jurídica, mas, sobretudo, fortalece as operações portuárias do Porto de Paranaguá, que é um dos maiores da América do Sul”, afirmou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

O contrato prevê a ampliação, manutenção e exploração do Canal de Acesso Aquaviário dos Portos de Paranaguá e Antonina, que tem 34,5 km de extensão. “As vantagens do leilão para a Portos do Paraná, além de uma maior profundidade, são a garantia permanente de um canal dragado por 25 anos, a segurança da navegação e o desconto ao usuário, com uma tarifa mais barata pelo resultado do leilão”, destacou Garcia.

Com a concessão, a principal transformação será o aprofundamento do canal, que permitirá o aumento do calado — ponto mais profundo do navio até a superfície da água —, passando dos atuais 13,3 metros para 15,5 metros em até cinco anos.

O incremento de mais de dois metros no calado permitirá um salto na capacidade de embarque de mercadorias: um adicional de mil contêineres ou 14 mil toneladas de granéis sólidos vegetais em um único navio.

Com isso, o Porto de Paranaguá estará preparado para operar porta-contêineres do tipo 366 carregados em sua capacidade máxima, com até 14 mil TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés).

Navios de granéis sólidos poderão carregar até 125 mil toneladas de soja, milho e farelos. Atualmente, o carregamento máximo de um navio graneleiro é, em média, 78 mil toneladas. Já os navios-tanque poderão acessar o canal com até 74 mil toneladas de produtos.

A concessão também promoverá uma redução de 12,63% no valor da tarifa Inframar, paga pelos navios para acessar os portos. A tarifa cobre os custos das dragagens necessárias para garantir as manobras com segurança.

“A concessão trará mais segurança, agilidade e menos custos para os operadores de cargas. Além de pagar menos para acessar o porto, poderão receber navios muito maiores, com mais capacidade de carregamento”, afirmou Garcia.

Fonte: Portos do Paraná


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Os Portos do Paraná são um complexo portuário, formado pelos portos de Paranaguá e Antonina.

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