A Portos do Paraná cedeu uma área de 1.000 metros quadrados ao Grupo Escoteiro do Mar Antonina, que será utilizada para promover atividades educacionais, esportivas e sociais para crianças e jovens de Antonina. Na área será construída uma sede que será utilizada em parceria com a empresa pública.
O termo de cessão de uso, que terá validade por 20 anos com possibilidade de prorrogação, foi assinado nesta quinta-feira (5), na sede administrativa da empresa pública, em Paranaguá, com a participação de autoridades, diretoria da empresa pública e membros do grupo escoteiro.
“Os portos em Paranaguá e Antonina estão ligados diretamente à geração de emprego e renda nos municípios do litoral do Estado. Desta vez, estamos realizando uma ação direta com fim social, que estreita ainda mais a relação porto-cidade e contribui com o desenvolvimento dos jovens paranaenses”, disse o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
Para o diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, João Paulo Santana, a cessão da área é um passo importante para a revitalização daquela área portuária. “Vamos trazer crianças para aprender atividades náuticas que trazem benefícios pela responsabilidade social”, diz.
Ele afirma, ainda, que as novas instalações podem representar uma mudança na matriz econômica das comunidades da Baía de Paranaguá. “O espaço incentiva o desenvolvimento de turismo de base comunitária, de turismo náutico, atividades de navegação, entre outras”.
O presidente do Grupo Escoteiro do Mar Antonina, João Basílio Pereima, salienta que o novo espaço vai ampliar o atendimento aos jovens da comunidade local. “Vamos ter condições plenas de operacionalizar uma Escola do Mar para atender não só os escoteiros, mas toda a comunidade de Antonina e alunos da rede pública de ensino”, explica.
Segundo o prefeito de Antonina, Zé Paulo, eles vão aprender a velejar, ter habilidades de construção naval, ferramentas, equipamentos e uma oficina de meio ambiente. “A sede dos escoteiros do mar será um polo irradiador de cultura, ética e prática esportiva para a comunidade”.
O Capitão dos Portos do Paraná, André Luiz Morais de Vasconcelos, fez questão de enfatizar o trabalho social realizado pelo movimento. “A Marinha está diretamente ligada à mentalidade marítima e a ação social de apoiar os jovens, à vida ao mar, aos marinheiros”, afirma.
HISTÓRIA
Os escoteiros de Antonina e os portos do Paraná possuem uma relação de décadas. Em 1941, quando um decreto presidencial previa o fechamento do Porto Barão de Tefé, um grupo de cinco jovens foi ao Rio de Janeiro ao encontro ao presidente Gétulio Vargas entregar uma carta para impedir o fim das atividades – à época, havia uma preocupação com a economia local.
Após 45 dias de caminhada e 1.500 quilômetros percorridos a pé, o objetivo foi cumprido: o pedido foi aceito e o porto foi salvo pela ação dos escoteiros.
Fonte: Portos do Paraná