André Pioli fala dos avanços e desafios frente à Diretoria Empresarial da Portos do Paraná

André Pioli fez um balanço de seus cinco anos e meio à frente da diretoria Empresarial da Portos do Paraná e anunciou na quarta-feira, 5, sua desincompatibilização do cargo para se lançar como pré-candidato à prefeitura de Paranaguá. 

Durante sua gestão, Pioli implementou diversas iniciativas visando a integração do Porto com a cidade, destacando a quitação de taxas devidas, melhorias na infraestrutura, e programas de serviços à comunidade. 

Pioli conta que um dos principais objetivos foi o de fazer a integração do porto com a cidade. “Paranaguá há muitos anos não tinha uma ligação entre o porto e a cidade, entre o governo e a cidade. Desde 2019, início da gestão do governador Ratinho Júnior, a nossa missão quando fomos convidados para entrar nos Portos do Paraná foi fazer a relação entre o porto e a cidade. Fazer com que as pessoas, além do benefício do emprego, também tenham uma qualidade de vida diferenciada proporcionada pelo porto na cidade. Eu tenho muita felicidade e muita honra em dizer que nós começamos a avançar nesse sentido. Com muitas políticas públicas que foram implementadas para a população de Paranaguá. O primeiro ponto que cuidamos foi o pagamento das taxas que eram devidas do porto à cidade, como a taxa de alvará de localização, nas quais, nesses cinco anos e meio, foram pagos mais de 45 milhões de reais aos cofres municipais. Esse montante foi investido em saúde, educação, asfalto, obras importantes, segurança pública e qualidade de vida para toda a população. Então eu vejo de maneira muito positiva, é uma mudança cultural que está acontecendo na nossa cidade, da cultura política, que é uma mudança para a união. Nós vivíamos um período de desagregação e hoje vivemos um período de união entre os poderes de nossa cidade”, disse Pioli, destacando os principais desafios enfrentados para alcançar esses resultados positivos.

“Nós tínhamos um porto que era voltado especialmente para cargas, e todas as imposições da Lei dos Portos diziam que os portos só poderiam trabalhar com o dinheiro para a operação portuária e não tinha outro destino. Começamos a trabalhar, dentro da Lei, as possibilidades de realizar obras importantes para o município. Por exemplo, o acesso ao porto, onde construímos o viaduto da entrada da cidade, o viaduto Nelson Buffara, que desafogou o trânsito naquela região. Revitalizamos por inteiro a Avenida Bento Rocha, nós fizemos trapiches nas comunidades marítimas, importantes para a população e para o desenvolvimento do turismo. Conseguimos organizar eventos em Paranaguá que agregaram a área portuária com a cidade, como a Esquadrilha da Fumaça e a Corrida do Porto, a única corrida no mundo dentro da área portuária, que atraiu muitos turistas e beneficiou o comércio local. Foram muitas as conquistas que conseguimos nessa relação, fazendo com que a população comece a ter um olhar diferenciado, mas sobretudo, que o porto tenha um olhar diferenciado para a cidade”, completou.

Outra iniciativa destacada por Pioli é o Programa Porto em Ação, que visa estreitar a relação entre a população e o porto. O programa reúne várias empresas para prestar serviços à comunidade, como assistência médica, emissão de documentos e cortes de cabelo, beneficiando diretamente os motoristas que estão no pátio de triagem, os moradores de Paranaguá e as comunidades marítimas.

Um marco que fica para Paranaguá é a construção do Moegão, e Pioli fala dos benefícios que obra traz para a cidade. “O moegão é uma grande pera ferroviária que vai fazer com que o trem não precise ficar realizando as manobras que fez hoje. Todos nós sofremos com essa movimentação de trens. Os trens têm que ficar desmontando as composições, indo e vindo e atrapalhando o trânsito da cidade como um todo. Isso também dificulta a logística portuária. Estamos fazendo uma grande pera ferroviária com três linhas em separado, permitindo que uma composição com 180 vagões descarregue em duas horas. Hoje, para descarregar 180 vagões, leva-se um dia inteiro. Com essa nova obra, em duas horas será possível descarregar e, durante um dia inteiro, mais de 900 vagões poderão ser descarregados. Das 16 interseções que temos na cidade, esse número será reduzido para apenas cinco. Das cinco, ainda temos outro projeto que deixamos encaminhado no Porto como compensação dessa grande obra, que são os dois viadutos da Roque Vernalha e da Avenida Coronel Santa Rita, que diminuirão significativamente o impacto dos trens na nossa cidade. É um grande ganho para a logística portuária e, principalmente, para a população de Paranaguá esta grande obra. Fazendo com que gere mais emprego e renda, pois haverá maior movimentação de carga pelo porto”, explica Pioli.

Outra conquista da Portos Paraná, através da diretoria Empresarial, foi a chegada dos navios de passageiros. “Foi um marco para a população de Paranaguá e do litoral do Paraná. O Estado do Paraná ganha e desenvolve o turismo com a chegada dos navios de passageiros. No início, havia muita desconfiança do mercado portuário quanto ao impacto na movimentação de cargas. No ano em que trouxemos os navios de passageiros, conseguimos aumentar a movimentação para 65 milhões e meio de toneladas. Foi um ganho para todos: a população, o Porto e os turistas do mundo inteiro que visitaram a cidade de Paranaguá e o litoral do Paraná. Com suas belezas naturais, encantos e tudo mais. A chegada dos navios de passageiros gerou quase 2 mil empregos, segundo a estimativa do CLIA, o que é muito significativo para a economia local. Os turistas que embarcaram e desembarcaram necessitaram de hotéis, farmácias, supermercados, transporte, estacionamentos, o que fez girar a economia em Paranaguá e no litoral como um todo. Os visitantes conheceram a Ilha do Mel, nossas belezas naturais, nossa gastronomia, e levaram boas lembranças e informações daqui, para as suas regiões, estados e países. Tenho certeza de que essas boas informações trarão mais visitantes, impulsionando o turismo”, afirma Pioli.

Sobre a participação da diretoria no projeto executivo da Avenida Ayrton Senna, ele explicou que “logo que entramos na Portos do Paraná, começamos a “construção” do projeto executivo da Avenida Ayrton Senna, que é determinante para a obra acontecer. Investimos quase 4 milhões de reais nesse projeto, que inclui avenidas marginais, viadutos, trincheiras, ciclovia, paisagismo e iluminação. E nós conseguimos incluir o projeto na nova concessão, e a EPR, vencedora da concessão, tem hoje a obrigação de realizá-lo. Eles têm um prazo de quatro anos para iniciar e desenvolver essa grande avenida, que será um eixo de ligação da zona sul da nossa cidade com a área portuária, mudando a vida de todos os parnanguaras”, enfatiza.

Em suas conclusões, Pioli agradeceu a todos que contribuíram para o sucesso de sua gestão. “Foi um período muito importante na minha vida, um período de mudança cultural na nossa cidade, um período de agregação de valores, valores culturais de mudança, de união, de que nós precisamos estar unidos em sintonia para a construção de uma cidade melhor. E é isso que nós conseguimos implementar nesse período em que nós estamos no Porto. Eu quero agradecer a todos os funcionários da Porto do Paraná, a todos os trabalhadores portuários avulsos que estiveram ao meu lado esse período todo, a todos os trabalhadores de todas as empresas do complexo portuário que estiveram caminhando junto com a administração dos Portos do Paraná nesses anos que foram anos grandiosos para a nossa cidade e para o desenvolvimento da nossa cidade e da cidade de Antonina à frente da gestão da diretoria empresarial da Portos do Paraná”, finalizou Pioli, reforçando seu compromisso com o progresso e a qualidade de vida da população local.