Polícia

Número de homicídios no litoral alcança total de casos de 2017

Delegado da Polícia Civil afirma que 95% dos casos têm ligação com o tráfico de drogas.

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A Folha do Litoral News tem divulgado, através da editoria polícia, os casos de homicídios e latrocínios ao longo de 2018 e, desta forma, chegou-se ao número de 106 casos em todo o litoral. O número alcança o observado em todo o ano de 2017, quando foram contabilizados 106 homicídios. A 1.ª Subdivisão Policial de Paranaguá tem buscado acelerar os inquéritos policiais, com o objetivo de apurar a autoria e pedir a prisão dos autores dos crimes para que fiquem fora de circulação.

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Em todo o litoral paranaense, durante 2017, houve três homicídios dolosos em Antonina, nenhum em Guaraqueçaba, 24 em Guaratuba, 22 em Matinhos, um em Morretes, 44 em Paranaguá e 12 em Pontal do Paraná, totalizando 106 casos. Ou seja, ainda no mês de setembro, o número de homicídios já alcança todo o quantitativo do ano passado.
As informações oficiais de 2017 foram divulgadas pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SESP), que disponibiliza, periodicamente, as estatísticas de homicídios em todo o Paraná na sua página na Internet. 

COMPARATIVO TRIMESTRAL

A AISP (Área Integradas de Segurança Pública), correspondente aos municípios do litoral do Paraná, registrou um comparativo entre o primeiro trimestre de 2017 e 2018 com relação a algumas ocorrências. Em alguns casos, o número aumentou, como no Comparativo de Crimes contra a Dignidade Sexual, que saiu de 64 no litoral para 69 registros. Sendo o mês de janeiro de 2018, o período com mais ocorrências, 31 no total.
Outra informação revelada pela SESP é quanto aos Crimes contra a Administração Pública. Enquanto no primeiro trimestre de 2017 foram registrados 306 casos, no primeiro trimestre de 2018 houve 356. No comparativo com os demais crimes consumados, houve um aumento de 1.733 em 2017 para 2.161 crimes em 2018.

TRÁFICO DE DROGAS

As ocorrências envolvendo tráfico de drogas também aumentaram no comparativo. O litoral teve 131 casos registrados pela polícia no primeiro trimestre de 2017 e 166 no primeiro trimestre de 2018. As ocorrências envolvendo uso e consumo de drogas também aumentaram de forma ainda mais contundente, saltando de 314 nos primeiros meses de 2017 para 610 em 2018.

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O delegado adjunto da 1.ª Subdivisão Policial de Paranaguá, Nilson Diniz, afirmou que o alto número de homicídios no litoral tem grande vínculo com o tráfico de drogas.

“Temos hoje 95% dos casos vinculados ao tráfico de drogas. Fizemos uma grande operação no início do ano que culminou na prisão de 52 traficantes, por isso não podemos levar em consideração esse segundo semestre porque foi o primeiro trimestre que inflamou o número de homicídios”, analisou Diniz.

Devido a essa repressão da Polícia Civil, a tendência, de acordo com a autoridade, é que o número de homicídios diminua. “Isso em função dessa repressão da Polícia Civil e também a prevenção da Polícia Militar no que se refere ao tráfico de drogas. Quando se reprime o tráfico de drogas, acontece uma migração de infração penal. Os traficantes deixam de traficar para praticar outras infrações. No primeiro momento há essa migração, no segundo momento, com uma ação mais efetiva da Polícia Militar na prevenção e na repressão pela Polícia Civil, são reduzidos os demais índices criminais”, explicou Diniz.

Segundo o delegado, a realização de grandes operações tem sido essencial no combate ao crime. “Eu acredito que haverá melhora nos próximos meses em todo o litoral porque estamos realizando operações grandes. Nesta semana realizamos em Pontal do Paraná e Matinhos, assim como a Operação Tellure em Paranaguá, operações justamente para reprimir o tráfico de drogas. Paralelamente a isso, a gente está fazendo a apuração dos roubos que estão ocorrendo no município. Os índices tendem a diminuir, mas não acontece em curto prazo. Eu acredito que até o fim do ano a gente começa a equilibrar as infrações penais”, observou Diniz.

Os cidadãos também podem colaborar com a ação da polícia denunciando os crimes, atitude que já tem auxiliado na apuração. “A população pode colaborar por meio de denúncia anônima, pelo 181, e ainda tem o 197 que é o telefone para denúncia anônima da Polícia Civil. Pelos dois canais a informação chega até a gente. Utilizamos as denúncias em quase todos os inquéritos policiais”, revelou o delegado Nilson Diniz.

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