O trabalho de investigação realizado pela equipe da Polícia Civil com relação ao triplo homicídio registrado na Vila Rute, em Paranaguá, na madrugada do dia 20 de maio, quando um casal e a filha, de dois anos, foram executados a tiros dentro da casa onde moravam, apontou que uma disputa por pontos de venda de drogas motivou o brutal crime.
De acordo com a PCPR, dois indivíduos que estão no sistema prisional, planejaram e ordenaram a morte de Jhonatan Nunes Lourenço, de 26 anos, conhecido como “Zé do Ouro”.
O objetivo era dominar a comercialização de entorpecentes na região onde “Zé do Ouro” morava.
Durante a investigação, os policiais descobriram que os mandantes do crime tinham ligação com Jhonatan e já participavam da venda de drogas, porém, queriam expandir o domínio do grupo criminoso e controlar o comércio ilegal de entorpecentes no bairro.
Com o pretexto de atacar um suposto grupo rival que estava agindo na região, dois integrantes da facção criminosa foram recrutados para executar “Zé do Ouro”.
CRIANÇA
Na madrugada do dia 20 maio, a casa onde “Zé do Ouro” morava com a família, na Rua Fabiano Andreatta, foi invadida e além dele, a mulher, de 27 anos, e a filha do casal, uma menina, de apenas 2 anos, foram executados a tiros.
Todos estavam dormindo em uma cama, no quarto do casal.
A criança foi morta com um tiro no peito.

PRESOS
Além dos dois homens que já estão presos e que são apontados como mandantes do triplo homicídio, um terceiro suspeito já havia sido capturado pela polícia.
Durante uma ação deflagrada nesta quinta-feira, 17, os policiais civis cumpriram quatro mandados de prisão preventiva contra todos os suspeitos do crime.
O quarto integrante do grupo, um rapaz, de 19 anos, foi preso no local onde estava trabalhando, no bairro Leblon.

HOMICÍDIOS
Ainda de acordo com a PCPR, os autores intelectuais da morte de “Zé do Ouro”, da esposa e da filha do casal, possuem histórico criminal por homicídio. Um dos presos é suspeito de comandar outras mortes ocorridas em Paranaguá.

COMPLEXIDADE
O Delegado de Polícia Civil, Nilson Diniz, que coordenou todo o trabalho de investigação, destacou que foi extremamente complexo e difícil a apuração dos fatos e a indicação dos envolvidos, já que todos eram integrantes do mesmo grupo criminoso que atua na cidade.
“Trata-se de mais um homicídio relacionado ao tráfico de drogas, corroborando a tese de que esta atividade ilícita é a maior responsável pelas mortes ocorridas em Paranaguá. A Polícia Civil vai continuar atuando nas duas frentes, repressão aos crimes contra a vida e o tráfico de substâncias de entorpecentes”, frisou o delegado.
ADOLESCENTE
Os investigadores não descartam o envolvimento de um adolescente com o crime. O fato segue sendo apurado e informações estão sendo coletadas pela equipe da PCPR.