No domingo, 7, uma embarcação, de nome Chalana II, afundou na travessia entre Pontal do Paraná e a Ilha do Mel, em Paranaguá, após 88 passageiros terem sido socorridos por barcos da região. O caso foi iniciado após um primeiro barco ter sofrido pane com todos os passageiros, foi então que a “Chalana” foi ao socorro destas pessoas que estavam à deriva, no entanto a embarcação simplesmente começou a afundar, causando ainda mais pânico nos mais de 80 passageiros, que foram socorridos durante a tarde por barcos da Associação de Barqueiros do Litoral Norte do Paraná (Abaline).
Segundo informações da Capitania dos Portos do Paraná (CPPR), a Marinha do Brasil foi acionada no período da tarde de domingo, 7, para apurar o caso em Pontal do Paraná. “A embarcação recebeu apoio de outros barcos e foi rebocada ao ponto de embarque de passageiros, em Pontal do Paraná. Não houve vítimas e todos passam bem. O proprietário da embarcação comparecerá à Capitania dos Portos na próxima semana para esclarecimentos. A CPPR abriu inquérito para apurar as causas do acidente”, explica a assessoria da Capitania dos Portos.
A Abaline, que regulamenta e reúne todos os barqueiros legalizados que fazem a travessia para a Ilha do Mel por Paranaguá e Pontal do Paraná, por meio de Felipe Chemure Neto, destacou que o barco que naufragou não pertencia à associação. “Essa embarcação, de nome Chalana, veio com um grupo de Paranaguá para passar o dia na Ilha do Mel. Ao retornar no fim de tarde, possivelmente apresentou problemas mecânicos ou de casco onde acabou vindo a pique”, explica em nota.
“Nossos barcos da Abaline prestaram socorro com apoio de outras lanchas que auxiliaram no resgate dos passageiros. Por fim, dois barcos da Abaline ficaram a contrabordo da embarcação Chalana, evitando seu naufrágio na sequência rebocando para dentro do rio de Pontal do Sul”, ressalta a Abaline em nota, explicando que a embarcação que naufragou não pertencia ao seu quadro de associados.
CAUSAS DO NAUFRÁGIO
A empresa ALB Transportes Marítimos Ltda., responsável pela embarcação Chalana II, afirmou que a embarcação em questão estava sob a responsabilidade do comandante Adalberto Barbosa, que teria muita experiência e seria, inclusive, proprietário da empresa, que no dia do caso estava junto com o marinheiro Samuel. “O início do naufrágio foi ocasionado pelas grandes ondas da travessia devido à péssima condição do tempo. Somente foi constatada uma piora em frente à Techint, que levou o seu casco à exaustão vindo a rachar”, ressalta a empresa.
“Imediatamente foi pedida ajuda através do rádio amador nos canais 74 e 75 notificando outras barcas que estavam fazendo o serviço de travessia Pontal-Ilha do Mel e barcos de passeio da região para o resgate dos passageiros. Felizmente contamos com a ajuda de vários colegas de trabalho e também de embarcações que estavam próximas no momento do ocorrido, pois a preocupação era salvar as vidas presentes”, afirma a empresa. Segundo a ALB Transportes Marítimos, o barco Chalana II teria todas as licenças e vistoria em dia com autorização dos órgãos competentes, coletes salva-vidas para os passageiros, extintores, boias e outros itens obrigatórios. “Seu comandante e marinheiro também têm a devida autorização para o exercício da profissão e todos receberam posteriormente apoio e auxilio dos órgãos competentes: Marinha, Capitania e Corpo de Bombeiros”, finaliza a empresa.