Polícia

Corpo de mulher é encontrado esquartejado em matagal

“Barbárie” foi agravada com a denúncia de que o possível assassino também pode ter estuprado a filha da vítima

Na sexta-feira, 12, a Polícia Militar do Paraná localizou o corpo de uma mulher no Rio das Pedras, no bairro Alexandra, em Paranaguá, em avançado estado de decomposição. Há suspeita de que a mulher seja Lúcia Cordeiro, de 39 anos, possivelmente vítima de feminicídio por parte de um indivíduo que residia nas proximidades da residência de Lúcia. A “barbárie” foi agravada com a denúncia de que o possível assassino também pode ter estuprado a filha, de 15 anos, da vítima fatal, algo que também teria sido realizado em Alexandra. Lúcia estava desaparecida há quase uma semana.

Segundo informações das autoridades, o corpo foi encontrado por um morador no Rio das Pedras, vizinho de Lúcia, que resolveu procurá-la por conta própria na região após a filha de Lúcia ter denunciado o possível homicídio. Às 13h30 de sexta-feira, 12, em um matagal a 300 metros da casa da vítima, próximo a um córrego no Rio das Pedras no Km 17, o corpo foi localizado após o vizinho ter percebido a presença grande de urubus em uma árvore na localidade. O corpo estava em avançado estado de esqueletização, dentro de um saco utilizado para transporte de caranguejos, em uma cena de terror. A PM foi acionada pelo homem e o corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Paranaguá para confirmação definitiva da identidade. 

Segundo informações da PM, o desaparecimento de Lúcia foi informado após sua filha, de 15 anos, pedir a colaboração de vizinhos para encontrar a mãe, informando-os de que Lúcia estava sem paradeiro conhecido há quase uma semana. Não bastando a suspeita de homicídio, a menina também teria sido feita refém e vítima de estupro pelo homem assassino de sua mãe e vizinho da família, com apoio de moradores da região. 

SEQUESTRO E ESTUPRO

Quando a PM chegou ao local em que o corpo foi encontrado para apurar o caso, próximo ao KM 19 da BR-277, a principal testemunha e filha da vítima contou aos policiais que teria sido feita refém e estuprada entre o dia 6 de janeiro e o dia 12, quando foi rendida pelo principal suspeito da morte de Lúcia de posse de uma faca e levada a uma casa em Alexandra, sendo por vezes estrangulada, com a anuência e apoio de um casal que morava na residência do criminoso de favor e não foi identificado. Além do casal, havia um outro homem na casa que estava apoiando o sequestro e outros atos criminosos, o qual, inclusive, já havia sido denunciado por Lúcia às autoridades por meio de um Boletim de Ocorrência (BO) por lesão corporal. 

A menina foi mantida em cativeiro por mais de uma semana e conseguiu fugir ao falar que precisava pegar seus documentos em casa. A Polícia Militar iniciou a “caça” aos responsáveis pela sequência de crimes indo até a casa da vítima e do principal suspeito do assassinato, mas não encontrou ninguém no local. A menina de 15 anos e o irmão, que foi depois localizado, foram encaminhados à 1.ª Subdivisão Policial para as providências jurídicas cabíveis.

ESQUARTEJAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DA VÍTIMA 

Segundo informações das autoridades, Lúcia foi identificada pelas roupas que utilizava, mas não teve confirmação de sua identidade de forma técnica. A perícia da Polícia Civil, junto com o Instituto Médico Legal (IML), realizou exames de praxe e recolheu o corpo, quando foi percebido que a vítima tinha sido esquartejada, com as pernas separadas para fazer o transporte ao matagal no Rio das Pedras. O IML está averiguando qual foi a causa definitiva da morte. A Polícia Civil, em força-tarefa com as autoridades, está procurando os responsáveis pelos crimes que chocaram a comunidade de Alexandra. 

Foto: Reprodução WhatsApp

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