Reconstituição do assassinato foi feita pela Polícia Civil na tarde de sexta-feira, 24
Na tarde de sexta-feira, 24, a 1.ª Subdivisão Policial (1.ª SDP) da Polícia Civil do Paraná realizou a reconstituição do assassinato que aconteceu no dia 5 de abril de 2018, quando três moradores em situação de rua, Letícia dos Santos Porto, de 19 anos, Jonathan Fragoso Padovani, de 25, e Kelvin Mendes dos Santos, 19, retiraram Guilherme Galan Constantino, de 35 anos, de dentro de uma padaria no Centro de Paranaguá, agredindo-o por várias vezes e, por fim, matando-o com mais de 15 golpes de faca realizados por Letícia. Os três foram presos ainda pela manhã no dia do homicídio, a mulher por meio da ação da Guarda Civil Municipal (GCM) e os dois comparsas pela Polícia Militar do Paraná (PMPR).
A acusada de ter cometido o assassinato, Letícia Porto, e Jonathan Padovani, suspeito de coautoria do crime, estiveram no local da reconstituição. Um dos coautores, Kelvin dos Santos, foi assassinado no dia 7 de abril dentro da carceragem da Delegacia de Paranaguá, poucos dias após ter sido preso. As circunstâncias do homicídio ainda estão sendo apuradas pela Polícia Civil e na sexta-feira, 24, também foi realizada reconstituição interna do assassinato de Kelvin na cela em que ele foi morto por outros detentos.
O Tribunal do Júri está marcado para o dia 4 de junho, quando Letícia e Jonathan serão julgados pelo homicídio de Guilherme Constantino, contando com a defesa feita por seus advogados, acusação pelo Ministério Público do Paraná (MPPR), mediação da Justiça do Paraná e condenação ou não feita pelos jurados que serão convocados.
Acusada acompanhou a reconstituição com escolta policial e presença dos advogados
O delegado-adjunto e operacional da 1.ª SDP da Polícia Civil, Nilson Diniz, ressaltou que a reconstituição foi uma diligência importante para a resolução do caso que foi requisitada pelo MPPR. “O intuito é verificar se as versões que se encontram nos autos são factíveis. Nesse caso, existem imagens do crime, que já comprovam a autoria delitiva e o modo com que ele foi praticado, mas a reprodução simulada é imprescindível para mostrar o que aconteceu no interior do estabelecimento antes da execução”, acrescenta.
Segundo Diniz, servidores da Seção de Repressão a Homicídios da 1.ª SDP participaram da reprodução simulada do crime. “É uma diligência que será muito bem utilizada pelo Ministério Público durante o julgamento para convencimento do corpo dos jurados”, acrescenta. De acordo com o delegado, a autora acusada e o co-autor do crime seguem presos aguardando o julgamento que acontecerá no dia 4 de junho. “Se condenados, eles vão responder com pena privativa de liberdade que varia de 12 a 30 anos de prisão”, finaliza.
RELEMBRE O CASO
Homicídio chocou comunidade local em 2018
A padaria, uma das mais movimentadas da cidade e localizada entre as ruas Júlia da Costa e Desembargador Hugo Simas, estava com pouco movimento quando o homicídio ocorreu. O corpo da vítima ficou exposto na calçada em pleno início da manhã, horário de alta movimentação no Centro de Paranaguá.
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Vídeo das câmeras de monitoramento demonstrou crueldade do assassinato
O crime foi flagrado por câmeras de segurança da região, sendo que as imagens chocam pela brutalidade, pois Letícia desferiu várias facadas contra o corpo e a cabeça do homem, o qual morreu na hora. Ainda não se sabe o que motivou o crime.
Segundo as autoridades, testemunhas apenas relataram que perceberam um atrito entre os autores do crime e a vítima com confusão dentro da padaria, quando o homem foi puxado, agredido, esfaqueado e morto na calçada, e os criminosos fugiram do local. A mulher foi presa pela GCM no calçadão da Rua Desembargador Hugo Simas, no Centro, menos de uma hora depois do crime pela Guarda Civil Municipal (GCM) através do guarda civil municipal Wilson, que estava trabalhando na prefeitura, que fica nas proximidades da padaria. Os dois coautores foram presos durante o dia em Paranaguá pela PM.
“É uma diligência que será muito bem utilizada pelo Ministério Público durante o julgamento para convencimento do corpo dos jurados”, acrescenta o delegado Nilson Diniz sobre a reconstituição