À medida que se aproxima a sucessão ao Governo do Paraná, diversos nomes capacitados surgem como legítimos representantes do desejo popular por continuidade, estabilidade e desenvolvimento pela disputa nas eleições de 2026. O cenário é, à primeira vista, promissor. Temos quadros técnicos, políticos experientes e lideranças que conhecem a realidade do nosso Estado. Contudo, diante dessa diversidade, paira uma ameaça silenciosa, a “vaidade e os interesses particulares” que, se sobrepostos ao bem coletivo, podem comprometer todo o progresso conquistado.
Montesquieu, filósofo iluminista e pensador da ciência política moderna, nos alertou com profundidade sobre os riscos de um poder descompromissado com o espírito republicano. Em sua obra O Espírito das Leis, defende que o equilíbrio e a harmonia entre os poderes e os interesses são a base da liberdade e da ordem social. Para ele, onde há concentração egoísta de poder, sem freios e sem moral pública, há tirania. E onde há divisão artificial, fomentada por interesses pessoais, há enfraquecimento das instituições.
A divisão por vaidade não é apenas estéril; é perigosa. Fragmenta forças que poderiam, juntas, consolidar um projeto de futuro. É justamente nesse momento que o Paraná precisa de um novo gesto de grandeza, isto é, um consenso maduro entre lideranças políticas e técnicas que compreendam que a continuidade das políticas públicas estruturantes e a preservação do protagonismo nacional do nosso Estado são mais importantes do que qualquer disputa pessoal.
Montesquieu valorizava a virtude como fundamento da República. E essa virtude, traduzida para nossos dias, é a capacidade de renúncia em nome do bem comum. Os líderes que hoje pleiteiam o governo do Estado devem, mais do que nunca, dialogar com serenidade, construir uma unidade responsável e apresentar ao povo do Paraná um projeto coeso, capaz de manter o ritmo do desenvolvimento econômico, a boa gestão dos serviços públicos e o respeito às instituições democráticas.
A sociedade paranaense não pode mais ser refém dos conchavos na calada da noite, das alianças sem transparência ou das promessas vazias feitas em palanques descompromissados com a realidade. É preciso responsabilidade histórica. Quem prega pela divisão, pelo “quanto pior, melhor”, deseja apenas instaurar o caos para colher as benesses que florescem na sombra da desordem. Isso não é política; é oportunismo.
Por isso, é hora de unir. Unir nomes, propostas, energias. Fazer do consenso uma ferramenta de fortalecimento das políticas públicas que têm transformado o Paraná em exemplo nacional. Que a sucessão estadual seja um processo de construção, não de destruição. Que seja um passo à frente, e não uma volta ao passado de instabilidade e disputas miúdas.
O povo do Paraná merece líderes que pensem com a razão da justiça e ajam com o coração voltado ao bem comum. A história não perdoa os que se omitem diante da oportunidade de unir forças para construir um futuro melhor.
Por um Paraná unido. Sempre.