NAVIOS FAMOSOS – II

Recapitulando um pouco da História Mundial, vamos lembrar que a humanidade viu, no ano de 1945, pela primeira vez a força descomunal da energia nuclear, com a explosão das bombas atômicas nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, pondo fim às hostilidades da II Guerra Mundial. A seguir daquele evento mortal, cientistas que haviam desenvolvido esse tipo de energia já procuravam formas de utilizá-la em meios menos agressivos, ou mais pacíficos.  Disso resultou o uso de material radioativo na geração de energia elétrica (pelas centrais nucleares do Tipo Angra-I e Angra-II), como também o seu uso em instalações ou equipamentos militares. Uma das formas desenvolvidas de uso de energia nuclear foi o desenvolvimento de Reatores Nucleares em navios, como fontes de intenso calor para a geração de vapor superaquecido para emprego na propulsão dos mesmos.  Resultou que, num projeto iniciado nos Estados Unidos em 1951, começou em 1952 a construção do primeiro submarino de propulsão nuclear, o “NAUTILUS”, prefixo SSN 571, em homenagem ao navio fictício homônimo, peça central do famoso livro de Julio Verne “20.000 Léguas Submarinas”.

Lançado ao mar em 1954, o “Nautilus” fez inúmeras viagens visitando portos de outros países, mas marcou presença ao completar uma viagem debaixo da calota polar setentrional em julho/agosto de 1957. Culminou sua carreira na US Navy ao cruzar submerso  o Polo Norte numa segunda viagem, em 1958.

Descomissionado em 1979, é hoje um museu flutuante nos Estados Unidos, passível de visitação pública.

Hoje, submarinos nucleares militares não são mais novidade, existindo em pelo menos cinco países, aos quais o Brasil deve se juntar por volta de 2030, com a construção de seu primeiro exemplar dessa categoria especial.

Por Geert J. Prange – Eng. Naval

Comendador – Ordem do Mérito Naval

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