Ainda lembro bem que nos tempos de minha infância em Maringá havia uma rivalidade muito grande com outras cidades da região, todas pequenas e aspirantes a um futuro melhor. Mas Maringá era uma caçula, fundada em 1947, que antes de sonhar em ser grande preocupou-se em ser boa.
Cidade planejada, foi pensada para ser boa para as pessoas, para o meio ambiente e para o trabalho.
Hoje, é eleita a melhor cidade do Brasil para se viver pela terceira vez em quatro anos no Índice de Desafios da Gestão Municipal da Macroplan. E em 2019, quando não ficamos em primeiro, ocupamos o segundo lugar, sempre à frente de todas as capitais do País.
Tem gente que acha que isso tudo é fruto de algum tipo de fórmula mágica, projeto mirabolante, plano de governo rebuscado, enfim, um pacote de ideias geniais, mas o próprio ranking IDGP sinaliza que não há passo adiante sem eficácia em segurança, saúde, educação e saneamento básico. E é o trabalho sério de Maringá nessas áreas que garante qualidade de vida para os moradores e uma cidade boa para trabalhar, empreender e ser feliz.
Com equilíbrio financeiro e rigor nas contas públicas, investimos 20% do orçamento nessas áreas prioritárias. Mesmo enfrentando a pandemia, vamos inaugurar neste ano o Hospital da Criança, com 164 leitos, 40 deles de UTI, além de centro cirúrgico, laboratório, centro de imagens e centro de especialidades.
Tínhamos, por exemplo, deficiência em saneamento e sustentabilidade, éramos sétimo no ranking nesse indicador em 2009. A cidade recebeu 50 milhões de reais em investimentos em água e esgoto nos últimos cinco anos e passamos para o terceiro lugar no ranking, com atendimento a 100% da população.
Estamos evoluindo na segurança pública, integrando ações de forças policiais qualificadas com soluções inovadoras de policiamento comunitário com tecnologias de inteligência e monitoramento.
Aceleramos também o desenvolvimento social. A geração de empreendimentos, trabalho e renda é impulsionada por um grande programa de Economia Social e de Economia Criativa, reunindo as políticas de trabalho e renda, assistência social, juventude, mulheres, diversidade e cultura.
O planejamento e a gestão municipal austera são importantes porque transmitem confiança a iniciativa privada, que faz sua parte gerando empregos e ajudando a cidade a progredir. Mesmo no momento de crise, Maringá manteve em andamento um dos maiores empreendimentos imobiliários privados do Brasil, o Eurogarden, onde milhares de trabalhadores constroem um condomínio residencial e comercial com 583 mil metros quadrados de área. Vai ser um bairro autônomo e inteligente, com energia solar, reuso de água e reciclagem de lixo, além da revitalização de mais de 20 mil metros quadrados de área verde.
Maringá nasceu como uma cidade empreendedora desde seus primeiros pioneiros que não temeram a mata cerrada. No entanto, o cooperativismo e o colaboracionismo nos fez um tipo ainda mais eficiente de empreendedores. O cooperativismo que é hoje um dos principais motores da economia brasileira, teve – em Maringá – um dos seus principais berços e um dos braços mais virtuosos nas áreas do agronegócio; serviços financeiros e de saúde.
Assim, Maringá constituiu uma economia sólida com empresários dinâmicos e inovadores, os quais sempre foram destaques em seus ramos de atividade no plano nacional.
Hoje, Maringá está indo além: internacionalizando a sua economia, com empresas criativas, inovadoras e competitivas.
Maringá nasceu como cidade planejada no modelo de cidade jardim e nos legou possibilidades que estamos ampliando ao máximo: somos uma cidade economicamente forte, porém bonita, com mobilidade e conforto para toda a população. O nosso planejamento agora está pautado na perspectiva de uma cidade inteligente, cosmopolita, criativa, inovadora, sustentável, conectada e humanizada.
Por isso, ao completar 74 anos, Maringá está pronta pra receber quem acredita no Futuro do Brasil!
* Ulisses Maia, 51 anos, prefeito de Maringá.