Na terça-feira, 29, em comunicado social que circulou nas redes sociais, familiares e amigos informaram o falecimento do artista Luiz Carlos Gonçalves, o “Caco”, como ficou conhecido, ícone do cenário artístico da Ilha do Mel, em Paranaguá, com suas criações únicas no ramo das artes. Caco esteve durante quase 30 anos na localidade insulana, ficando conhecido por moradores e turistas, tanto pela sua carreira artística, principalmente no ramo do artesanato e poesia, quanto por sua alegria e diálogo contínuo com visitantes e pessoas que residem na Ilha do Mel.
“É com profundo pesar que comunicamos o falecimento do artesão Luiz Carlos Gonçalves ou Caco, como ficou conhecido em seus quase 30 anos trabalhando na Ilha do Mel, inspirando os turistas a navegarem com profundidade em sua arte icônica e original. Nossas condolências aos familiares e amigos”, afirma a nota de falecimento. O velório de Caco aconteceu na Igreja de São Pedro na Ilha do Mel.
Matéria na Folha do Litoral News
Em novembro de 2017, Caco foi fonte de uma matéria na Folha do Litoral News sobre uma escultura feita por ele em Nova Brasília, na Ilha do Mel. Na época, foram destacados os inúmeros talentos do artista, com esculturas, desenhos em camisetas, entre outros, algo presente em seu ateliê na Ilha do Mel, que demonstra a riqueza artística e cultural da Ilha do Mel em um local com música, poesia, arte e bom papo.
“O artista faz desenhos em camisetas, os quais são repletos de detalhes que chamam a atenção de visitantes de toda parte do mundo. De algumas semanas para cá, Caco mostrou uma nova faceta, desconhecida até mesmo por ele: esculpiu na areia. Movido pela vontade de inovar, o artesão e desenhista resolveu apostar na escultura usando ferramentas improvisadas. O resultado foi surpreendente. Caco é desenhista e se considera aprendiz das artes. Mora e trabalha na Ilha do Mel tendo este paraíso como fonte de inspiração”, informava a matéria.
Com viés poético, em sua loja havia um “Cantinho da Poesia”, onde ele fazia exposição de suas ideias, bem como pensamentos inspirados em Lao Tsé, Helena Kolody, Dalai Lama, Paulo Leminski, Mário Quintana, entre outros. No local, quadros originais ficam expostos o ano todo, onde representavam grande parte da memória da Ilha do Mel nas décadas em que residiu no local.