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Meio Ambiente

IAT: Dano ambiental na baía de Paranaguá pelo vazamento de nafta ainda está sendo dimensionado

Por enquanto, análises iniciais constaram possíveis prejuízos ambientais nas margens da baía

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Na quinta-feira, 20, o engenheiro ambiental e chefe do Escritório Regional de Paranaguá do Instituto Água e Terra (IAT), Altamir Juliano Hacke, trouxe informações com relação ao impacto ambiental que pode ter sido causado na baía de Paranaguá pelo vazamento de nafta na empresa Terin, ocorrido na noite do dia 9 de abril. Após a situação, o IAT emitiu nota pedindo que seja evitada a pesca na região da baía, próxima de onde ocorreu o vazamento. Desde então, equipes do Instituto estão percorrendo a localidade recolhendo amostras para analisar possíveis danos ao ecossistema ocasionados pela ocorrência, entre elas a de peixes encontrados mortos, para analisar se a causa do óbito possui relação com a nafta vazada.

“Fizemos vistoria nas margens da baía, nas áreas de mangue. Na baía mesmo, mais para fora, quem fez as vistorias e o monitoramento foi o pessoal do Porto. Conforme eles nos informaram, só encontraram dois peixes mortos em locais bem distantes que não tem como fazer o nexo causal entre o acidente e esses peixes que eles encontraram”, explica Altamir Hacke.

Segundo o chefe, a equipe do IAT atua com seis profissionais em Paranaguá para analisar o impacto ambiental do vazamento. “Em relação à situação da baía de Paranaguá, nós não conseguimos ainda dimensionar o dano ambiental, porque estamos esperando ainda algumas análises que os outros órgãos estão fazendo também, mas a gente sabe que teve um dano mais local, mais na margem ali da baía”, acrescenta.

Com relação ao tempo estimado para que o IAT analise quais os danos causados ao ecossistema local na baía de Paranaguá devido ao vazamento de nafta, o chefe do Instituto diz que isso depende do recebimento dos resultados das análises, algo que não pode ser estimado.

Nafta e riscos

“Em relação aos riscos, a nafta é um produto tóxico e altamente inflamável. Acho que o risco maior era a explosividade no local, principalmente para a população que está ao redor. Importante salientar que esta explosividade foi monitorada desde o princípio e controlada. A nafta é um produto volátil também, não bioacumula no meio ambiente, ela evapora, se dissipa”, ressalta Hacke. 

“Em relação aos riscos, a nafta é um produto tóxico e altamente inflamável. Acho que o risco maior era a explosividade no local, principalmente para a população que está ao redor. Importante salientar que esta explosividade foi monitorada desde o princípio e controlada”, afirma o engenheiro ambiental e chefe do Escritório Regional do IAT, Altamir Juliano Hacke

Recomendação de que não se pesque no local segue vigente

Em 11 de abril, o IAT emitiu nota pedindo para que seja evitada a prática da pesca em parte da área da baía de Paranaguá. “A medida é preventiva em razão do vazamento de nafta, composto derivado do petróleo que apresenta riscos de toxicidade e carcinogenicidade, ocorrido no domingo, 9, após o rompimento de um duto de uma empresa privada que faz a distribuição do produto. A restrição abrange um raio de 3 quilômetros (1,86 milha náutica) a partir do Píer Público de Inflamáveis da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa)”, informa a nota. 

“O IAT reforça que já realizou coletas de amostras de água na região e encaminhou para análise laboratorial. O resultado será divulgado após o término da avaliação por parte dos técnicos. Apenas com a confirmação da não contaminação da água é que a atividade será completamente liberada pelo órgão ambiental”, explica a nota informativa do IAT.

Sobre o tempo que durará esta recomendação de que não se pesque no local, Altamir Juliano Hacke, salienta que o objetivo é que se evite até que se saiam os resultados das análises. “A gente segue com esta recomendação até que nosso parecer conclusivo seja emitido”, finaliza o chefe do IAT em Paranaguá. 

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