Em tempos de tecnologia e uso cada vez maior de aparelhos eletroeletrônicos como notebooks, celulares, televisões, entre outros itens, isso acaba ocasionando grande quantidade de lixo eletrônico. Em Paranaguá, segundo a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), há um Ponto de Entrega Voluntária (PEV) exclusivo para os cidadãos na sede da pasta no Aeroparque. Segundo a assessoria, o município possui uma parceria com uma empresa de limpeza urbana que já dura 13 anos e possibilitou a destinação correta de 5,5 toneladas de lixo eletrônico durante este período.
“É muito importante a destinação final adequada desses tipos de resíduos. Existem diversos produtos dentro desse segmento de resíduos eletroeletrônicos, de forma que se deve selecionar primeiro os tipos de resíduos e depois realizar uma segunda triagem, que exploraria os componentes internos de cada um. Alguns materiais poderão ser reciclados, outros não. Os que não poderão, muitas vezes se relacionarão à presença de materiais tóxicos à saúde humana e ao meio ambiente, e é aí que temos o risco”, afirma o secretário municipal de Meio Ambiente, Vinicius Yugi Higashi.
Um exemplo do risco da destinação incorreta é a presença em diversos desses resíduos de metais pesados, como o níquel, o chumbo, o alumínio, o mercúrio e o cádmio. “Os metais pesados são poluentes bioacumuladores, ou seja, não existem mecanismos no organismo dos animais e ser humano para sua eliminação. Quanto mais alto o nível trófico ocupado por um organismo na cadeia alimentar, maior a probabilidade do contato com esse tipo de poluente, e, também, maior acumulação. E como o ser humano ocupa uma posição natural de topo de cadeia, estamos expostos a esse risco. Uma vez dentro do organismo, esses metais pesados se acumularão, podendo causar graves doenças que afetam principalmente o sistema circulatório, hepático e nervoso”, explica o gestor da Semma.
Ponto de destinação
“Há um Ponto de Entrega Voluntária (PEV) exclusivo no Aeroparque onde há recepção e acondicionamento do material. A destinação final ocorre apenas durante a Semana do Meio Ambiente, que tradicionalmente acontece na primeira semana de junho, quando uma empresa parceira assume os custos da logística dos resíduos até a Região Metropolitana de Curitiba e da destinação final”, informa a Secretaria de Meio Ambiente, destacando que na pasta ocorre apenas recepção dos materiais e armazenamento prévio.
“Para receber a destinação final, estão envolvidos dois custos: o da
destinação em si, que dependendo do resíduo e seus componentes, podendo ser a
reciclagem ou desativação, por meio de empresas especializadas, e o custo do
próprio translado até essas empresas, que se localizam na Região Metropolitana
de Curitiba. Resta lembrar que existe uma obrigação legal das fabricantes e
importadoras se responsabilizarem por esta ação, não sendo possível, portanto,
a Semma arcar com esses custos com recursos públicos. A saída encontrada foi a
parceria com a Paranaguá Ambiental. Durante a Semana do Meio Ambiente, a
empresa disponibiliza caçambas metálicas para acondicionar esses resíduos e se
responsabiliza com a viagem e os custos das empresas que farão a reciclagem ou
desativação a níveis seguros dos resíduos eletroeletrônicos”, ressalta a
assessoria.
Segundo a Prefeitura, a parceria com a empresa responsável já dura 13 anos e está confirmada novamente para 2020. “Ao longo desse tempo, já foram destinados corretamente cerca de 5,5 toneladas de lixo eletrônico”, completa.
Despejo em caminhão de coleta seletiva não é o ideal
A Semma esclarece que a destinação de lixo eletrônico na rota da coleta seletiva não é o ideal ao cidadão, que deve depositar estes resíduos em locais adequados. “No caminhão da coleta seletiva os produtos ficarão ‘soltos’, podendo ocorrer algum acidente com liberação de poluentes”, finaliza a assessoria.
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