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Meio Ambiente

Dois botos-cinza são encontrados encalhados e mortos no litoral do Paraná

Animais foram encontrados em Guaratuba e Matinhos

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Na quarta-feira, 18, o Laboratório de Ecologia e Conversação (LEC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), com sede em Pontal do Paraná, no balneário Pontal do Sul, emitiu comunicado onde apontou que nesta semana dois botos-cinza (Sotalia guianensis) foram encontrados encalhados e mortos no litoral paranaense. Os animais estavam com sinais de doenças, bem como marcas de rede de pesca, e foram encontrados em Guaratuba e Matinhos. 

“A primeira ocorrência foi na última terça-feira, 17,  em Guaratuba, e a segunda nesta quarta-feira, 18, em Matinhos. As carcaças dos animais foram resgatadas pela equipe do LEC da UFPR via Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS)”, informa a assessoria.

Segundo o laboratório, o boto-cinza encalhado ontem em Guaratuba era uma fêmea, estava muito magra, apresentava doenças de pele e infecções, bem como marcas de redes de pesca em partes do corpo. De acordo com o médico veterinário responsável pela necropsia, Andrei Brum, é possível que a fêmea tenha parido há poucos meses, pois estava ainda lactante.  “Os botos-cinza avaliados pela equipe têm apresentado uma série de doenças e, possivelmente por estarem debilitados, esta condição influencia emalharem nas redes de pesca”, completa.

Outro boto foi encontrado em Matinhos na quarta-feira, 18, sendo também uma fêmea, que estava igualmente magra e com indícios de interação com petrechos de pesca. 

Animais encalhados e doenças

Segundo o PMP-BS/UFPR, dados apontam que 70% dos animais encalhados mortos entre 2019 e 2021 apresentaram algum tipo de doença pré-existente como parasitoses no ouvido interno, doenças de pele ou doenças pulmonares crônicas como pneumonias. “Doenças emergentes têm afetado diversas espécies marinhas e são um problema complexo associado à alterações da qualidade do ecossistema oceânico ocasionadas pela poluição sonora, dejetos de efluentes urbanos, intenso trânsito de embarcações, atividades pesqueiras, uso de agrotóxicos nas lavouras e outros compostos químicos da indústria e de uso urbano, os quais coletivamente comprometem a saúde humana e dos animais”, finaliza o LEC.

Com informações do LEC da UFPR

Fotos: Divulgação/LEC-UFPR

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