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Meio Ambiente

Baleia-jubarte é encontrada encalhada e morta em Guaratuba

Animal estava no Balneário Nereidas

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Foto: Litorânea FM 91,5

Na tarde da terça-feira, 23, uma baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae)  foi encontrada encalhada e morta em praia localizada no Balneário Nereidas, em Guaratuba. Equipes da Secretaria Municipal de Obras e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente estiveram no local. Além disso, o município acionou o Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) do Centro de Estudos do Mar (CEM) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), via Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), que realizará coleta de material e destinação do animal.

O animal, com aproximadamente 10 metros, foi inicialmente visto por populares, que acionaram a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Segundo as informações repassadas pelo município, após atuação científica do LEC na averiguação da baleia, equipes da pasta municipal deverão realizar a retirada do animal da praia.

Durante a manhã da quarta-feira, 24, equipes do LEC e do PMP-BS chegaram ao local onde a baleia foi encontrada encalhada. Eles realizaram  identificação do animal, pesagem e necropsia, com o foco de apurar a causa da morte.

Ocorrências em 2021

Em 2021, diversas ocorrências de encalhes de baleias foram registradas no litoral, o que chamou a atenção das equipes do LEC. Na época, o Instituto Baleia Jubarte ressaltou que os encalhes ocorrem por diversos motivos, entre eles a morte natural, aproximação dos animais à costa e aumento da interação destes com redes de pesca e embarcações, causando assim riscos de emalhe e colisão com embarcações. “Esta aproximação da zona costeira é motivo de investigação pelos cientistas, pois pode ser apenas uma resposta à recuperação da população, mas também pode ser reflexo das mudanças climáticas no continente Antártico. O aquecimento global tem sido responsável pela redução na disponibilidade de krills (principal alimento destas baleias) na Antártica e as baleias possivelmente precisam buscar alimento durante a migração para as áreas quentes brasileiras e fazem isso utilizando águas mais rasas”, informou a UFPR.

“Estas são ainda hipóteses científicas a serem avaliadas, mas já evidenciam desafios que chegam em resposta à degradação do oceano e mudanças climáticas! A década do oceano, iniciativa global capitaneada pela Unesco, está só começando, e garantir um ecossistema saudável e resiliência à biodiversidade é responsabilidade de todos nós! Se a fauna estiver bem, nós humanos estaremos bem”, ressaltou a bióloga e coordenadora do LEC da UFPR, Camila Domit, no ano passado.

Com informações da rádio Litorânea FM 91,5 (Guaratuba) e LEC

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