No manhã da última quarta-feira, 17, o Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), via Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), encontrou na Barra do Saí, em Guaratuba, uma baleia-bicuda jovem morta. Este é o primeiro animal da família das baleias-bicudas (Ziphiidae) encontrado no litoral paranaense desde o início da atuação do PMP-BS na região em 2015.
Segundo o LEC, antes de 2015, o laboratório havia registrado o aparecimento de dois animais desta espécie no litoral do Paraná. “O animal é um jovem de quase três metros de comprimento, em estágio inicial de decomposição. A equipe técnica PMP-BS/UFPR LEC, após acionamento de banhistas que estavam no local, retirou a carcaça do local para encaminhá-la ao Centro de Reabilitação da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O animal será necropsiado para avaliação da condição de sua saúde e indicativos da causa da morte”, acrescenta.
“Mamíferos marinhos desta família ocorrem em áreas oceânicas e são muito raros os encalhes na zona costeira, por isso este evento é de grande importância para conhecermos mais sobre a biologia destes animais e também avaliar potenciais impactos aos quais estão expostos e que afetam o oceano”, afirma a bióloga coordenadora do PMP-BS/UFPR, Camila Domit.
Sobre as baleias-bicudas
Segundo o LEC, as baleias-bicudas da família Ziphiidae são observadas raramente e pouco conhecidas. “São animais de grande porte que, em geral, possuem dentes e um bico bem definido. Se alimentam de lulas através da sucção feita com uso da língua. A maioria das informações que se tem sobre as espécies dessa família provém de animais encalhados nas praias”, detalha a assessoria.
“O registro foi realizado durante o monitoramento diário das praias paranaenses, realizado pela equipe do Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), executora do PMP-BS no Paraná. Este projeto é desenvolvido para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental das atividades da Petrobras”, finaliza o Laboratório da UFPR.
Com informações do LEC/UFPR – PMP/BS