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Litoral

Prefeitos e segmentos representativos assinam Manifesto cobrando agilidade na recuperação da BR-277

Documento será enviado ao Governo Federal

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Na tarde de segunda-feira, 13, ocorreu uma reunião no Palácio São José, sede da Prefeitura de Paranaguá, para tratar dos assuntos relacionados à BR-277 e os transtornos que têm gerado aos moradores do litoral, trabalhadores e turistas que tentam acessar a região.

A reunião foi realizada pela Associação dos Municípios do Litoral do Paraná (Amlipa), juntamente com os segmentos da cidade que, direta e indiretamente, estão sendo afetados por interdições na principal rodovia de acesso ao litoral.

O prefeito de Paranaguá e presidente da Amlipa, Marcelo Roque, destacou os reflexos das situações adversas na BR-277 e que vem impactando a população. “Quero agradecer a todos os segmentos de Paranaguá e do litoral, os prefeitos que estão todos irmanados por uma solução que já vem se arrastando ao longo desses cinco meses na BR-277, a única rodovia para desaguar toda carga do nosso litoral pelo porto, que é 70% da nossa riqueza. Mas quero dizer também dos casos de saúde, que tem tratamento fora do domicílio, tratamento de câncer, de hemodiálise e as pessoas estão ficando na rodovia mais de cinco ou seis horas e atrapalhando essa questão que é da saúde pública. Além disso, tem a questão orçamentária de Paranaguá e do Estado do Paraná. Paranaguá vive do porto e se as cargas foram para outro estado com isso a nossa cidade vai pagar um preço muito caro, nosso planejamento tem que ser outro em 2023, temos que replanejar a saúde, educação, segurança. É um efeito cascata, os operadores portuários que dependem dessa carga, os caminhoneiros que ficam em média de sete ou oito horas para descer com a sua carga. As cidades do litoral que também dependem do turismo, as pessoas não estão descendo mais para as cidades praianas justamente pela demora”, destacou o prefeito.

No encontro também foi formalizado um Manifesto que será encaminhado para o Governo Federal, como forma de pedir agilidade na recuperação da rodovia. O documento foi assinado pela Amlipa e pelos demais segmentos representativos do litoral paranaense. “Nós estamos fazendo uma Carta Manifesto com todos os segmentos da nossa cidade, os prefeitos, vereadores, empresários, Aciap, Sindicatos dos Operadores Portuários, Intersindical, então é um efeito cascata que a gente não está vendo um futuro muito bom para Paranaguá e para todo o litoral. Por isso, nós tomamos essa atitude, que essa carta chegue até o Governo Federal, porque a gente sabe que a rodovia é de responsabilidade do Governo Federal, através do DNIT. O Governo do Estado fez um convênio para arrumar esses pontos que estão caindo na BR-277, mas a gente sabe que precisa da manutenção, até que fique pronta a nova licitação da concessão”, explicou o prefeito Marcelo Roque.

O prefeito de Antonina, José Paulo Vieira Azim, participou da reunião e comentou da preocupação com a celeridade das obras para a retomada da normalidade da rodovia, tendo em vista que o município também conta com uma operação portuária. “Certamente temos tido prejuízos no nosso cotidiano, as pessoas precisam muitas vezes subir a Serra do Mar para fazer tratamentos médicos, o setor do turismo também é afetado e Antonina tem um porto. Então, o nosso porto também está sentindo as consequências dessa situação, que se agravou na BR-277”, disse.

Reunião ocorreu na tarde de segunda-feira, 13, na Prefeitura de Paranaguá

Desde o final do ano passado, a rodovia tem tido lentidão no sentido litoral por conta de obras de reparo da estrada, atingida por um grande desmoronamento de pedras há cerca de cinco meses. Em fevereiro deste ano, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) informou que a obra na altura do km 41 tinha entrado na fase final. O prazo para conclusão é até o final de março, se o tempo assim também colaborar para que o cronograma seja cumprido.

“Essa medida é quase que um pedido de socorro, a gente vê o governo do estado investindo na Estrada da Graciosa, por exemplo, mas como foi mencionado na reunião, uma questão de chuva como nunca tínhamos visto, desde outubro chovendo. A gente pede mais celeridade. Pedimos os Governo Federal uma intervenção mais rápida e imediata para que a gente tenha uma solução rápida para a situação, tendo em vista que temos a questão de saúde, do turismo, dos impostos como ICMS, ISS e o município de Morretes é o maior produtor agrícola do litoral, que precisa escoar sua safra e depende da BR-277”, pontuou o prefeito de Morretes Sebastião Brindarolli Junior.

O presidente da Associação Comercial, Industrial e Agrícola (Aciap) de Paranaguá, Eloir Martins, lamenta os transtornos na rodovia e ao mesmo tempo aguarda soluções efetivas e rápidas para que a população não sofra ainda mais com esses incidentes. “Nós vemos tudo isso com muita preocupação, é inadmissível que um porto, com a qualidade que nós temos, o maior porto do agronegócio do País e da América do Sul viver um momento como este, que nós não temos nem como definir. Não é possível ter esse acesso dificultado e afeta vários serviços, como o transporte por exemplo”, disse.

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