Na sexta-feira, 23, em entrevista à Folha do Litoral News, o prefeito de Guaratuba, Roberto Justus, comentou a situação atual do ferry-boat, sendo que usuários reclamaram nas últimas semanas em virtude da demora nas filas para acessar o serviço, algo que ocorreu após nova empresa ter assumido a gestão do transporte. A situação também foi abordada durante esta semana pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná (Agepar) e Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR). Segundo o gestor, o problema deve ser sanado com a utilização de mais balsas para agilizar a travessia, pois houve a redução de embarcações ocasionada pela troca da empresa que opera a travessia. Justus destaca que as filas e demanda contínua de veículos para acesso ao município reforçam a necessidade da construção da ponte de Guaratuba para alavancar o desenvolvimento do litoral paranaense.
“Analiso a questão do ferry-boat com muita cautela e preocupação. Eu tenho defendido sempre que a ponte é necessária para Guaratuba, não só por conta do período de temporada de verão, mas principalmente por conta do resto dos meses do ano que são imensa maioria. Essa dificuldade e situação que estamos passando mostram realmente que a demanda pela travessia da baía de Guaratuba é permanente, é para o ano todo, e um serviço mal prestado acaba causando muitos transtornos”, afirma o prefeito.
Necessidade de mais embarcações
Segundo o prefeito, o problema das filas ocorre pelo fato de as três embarcações que atualmente estão disponíveis para travessia da baía não darem conta da demanda de usuários. “Isso é algo sabido pelo próprio Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), que deu o prazo de 90 dias para que a empresa coloque mais duas balsas em operação. O problema é que 90 dias é muito tempo, então nós precisamos encontrar alguma forma para que essas duas embarcações possam começar a operar o quanto antes”, relata.
“Embora a prefeitura não tenha nenhuma participação neste processo, eu acredito que posso contribuir tentando uma aproximação com a empresa anterior que estava operando, para ver se a gente consegue, de repente, alugar balsas ou, até mesmo, para que a empresa sucedida venda as balsas para a empresa que assumiu a operação. Acredito que este é o único caminho, ou então conversar, exigir, ouvir a empresa que assumiu a operação e ver se ela tem condições de colocar essas outras duas balsas em operação dentro da maior brevidade possível”, afirma Justus.
Condições das balsas
Justus ressalta que em diálogo com o representante da nova empresa que opera o ferry-boat, foi repassado que as embarcações estão em plenas condições de navegabilidade, com certificados da Marinha do Brasil vigentes. “Além disso, não podemos esquecer que o processo licitatório previu a vistoria das embarcações pelas empresas licitantes. Então, a empresa vencedora não pode alegar que desconhecia a situação das embarcações”, informa.
“Volto a dizer, para o desenvolvimento de Guaratuba, por mais eficiente que seja o transporte por balsa, eu acho que não resolve. Nós precisamos da ponte se quisermos promover o desenvolvimento sustentável do litoral do Paraná, em especial de Guaratuba e Matinhos”, finaliza Roberto Justus.