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Litoral

Lideranças apresentam reivindicações à Frente Parlamentar sobre o Pedágio da Assembleia Legislativa

Lideranças políticas e empresariais do litoral querem o menor preço das tarifas de pedágio e realização de obras de infraestrutura nos trechos urbanos das rodovias que cortam a região

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Lideranças apresentam reivindicações à Frente Parlamentar sobre o Pedágio da Assembleia Legislativa

O novo modelo de pedágio, proposto pelo Governo Federal para as rodovias no Estado do Paraná, em especial, o lote que contempla as rodovias do litoral, foi debatido na manhã de quinta-feira, 8, em evento organizado pelos deputados da Frente Parlamentar sobre o Pedágio, da Assembleia Legislativa do Paraná.

Durante quase três horas, os participantes da audiência relataram aos parlamentares membros da Frente as principais demandas do litoral paranaense.  

Os representantes da região foram unânimes em exigir que para o próximo contrato de concessão de rodovias no Paraná deve oferecer o menor preço de tarifa.

O coordenador da Frente Parlamentar, deputado Arilson Chiorato, destaca que “trata-se de um tema essencial porque foi pauta dos últimos 24 anos e será pauta pelos próximos 30 anos. Temos um pedágio caro e abusivo que atrasou o estado do Paraná. Perdemos competitividade e o litoral do Estado paga um custo alto por todos esses anos de pedágio caro. Por isso, tudo que foi apresentado aqui pela comunidade e pela classe política região será devidamente elencado e apresentado ao Governo Federal”, afirmou Chiorato. 

A audiência iniciou com uma apresentação realizada pelo deputado Luiz Claudio Romanelli, na qual ele demonstrou um panorama do modelo atual de pedágio, com erros e equívocos cometidos no modelo de concessão em vigor no Estado do Paraná. “As obras que seriam feitas na BR-277 foram suprimidas ou adiadas. Mesmo depois dos acordos com a Justiça, as obras não foram feitas e vão querer cobrar isso no novo contrato. Como por exemplo obras melhorias e a não obrigação da duplicação da PR-407”, disse Romanelli.  

De acordo com Romanelli, o modelo híbrido proposto pelo Governo apresenta riscos para o Paraná uma vez que prevê desconto limitado a 17,4%, a taxa de outorga e tarifa elevada. “Eles criaram um degrau tarifário que aumenta a tarifa em 40% após as realizações das obras previstas em contrato. Porém há uma grande demanda de duplicações no Estado”, explicou.

A importância do manifesto proposto pelos deputados estaduais foi comentada pelo senador Flávio Arns. “Concordo com os aspectos propostos pela Assembleia. O manifesto da Assembleia contra a nova modelagem de pedágio é um dos fatos mais importantes da semana, dizendo não ao modelo”, elogiou Arns.

O prefeito de Paranaguá, Marcelo Roque, enfatizou a necessidade das obras já iniciarem com o novo contrato. “Não podemos aceitar um modelo que as obras na nossa região serão iniciadas só em cinco anos. E não somente obras em Paranaguá, mas no litoral todo. Precisa contemplar todas as rodovias aqui da região. A empresa que ganhar a licitação tem que ter dinheiro para começar as obras desde o início do contrato. Além disso, precisamos de infraestrutura, como pavimentação em concreto, marginais feitas, alças de acesso e passarelas”, explicou Marcelo Roque, que também é o presidente da Amlipa – Associação dos Municípios do Litoral do Paraná.

“Esse é um assunto que sempre foi motivo de indignação para os moradores do litoral paranaense. Se perguntarem para qualquer morador sobre o que desejamos para o novo modelo de pedágio, queremos a ampliação do trecho urbano de Paranaguá até a entrada do Porto. Queremos preferência na realização de obras, pois sofremos há décadas com a falta de infraestrutura na nossa cidade. Precisamos de viadutos e passarelas”, disse o presidente da Câmara Municipal de Paranaguá, Fábio Santos. 

Vereadores de Paranaguá também se posicionaram contra o modelo de pedágio proposto pelo Governo Federal. “Nossa preocupação é como vai ficar durante cinco anos esse trecho que vai receber nova administração”, afirmou o vereador Edilson Caetano. “Me indigna discutir novas praças de pedágios, quando deveríamos discutir a extinção dos pedágios”, destacou o vereador Ezequias Maré. “O custo dos portos paranaenses não pode sofrer com pedágios caros. Perdemos competitividade”, ressaltou o vereador Luizinho Maranhão. “Os acessos às colônias do nosso município e a construção de ciclovias são prioridades para a nossa cidade”, concluiu o vereador Oséas Bisson. 

Outras lideranças litorâneas também se manifestaram, como Flavio Silva, representante da associação dos moradores de Paranaguá, que alertou também sobre as obras de infraestrutura para pedestres e ciclistas.

Para Ércio Luiz Weschenferkder, presidente da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Pontal do Paraná – ACIAPAR, as obras de melhoria das rodovias não podem esperar tanto tempo como prevê o modelo apresentado pelo Governo Federal “Somos a favor da menor tarifa, das obras no início das obras no começo do contrato e as garantias da execução de obras”, alertou.   

“Aqui para Antonina vem muitos caminhões por causa do porto e precisamos de infraestrutura de terceira faixa, ciclovias e passarelas. Essa rodovia atende tanto o turismo quanto às atividades portuárias da nossa cidade. Portanto, exigimos obras de melhorias e manutenção na rodovia que dá acesso ao nosso município”, destacou o prefeito de Antonina, Zé Paulo.  

De acordo com a coordenadora jurídica do movimento Cicloiguaçu, o novo pedágio precisa olhar para a execução de obras de mobilidade nos trechos urbanos das rodovias pedagiadas. “Muitas vezes o olhar é muito viciado nas cargas e na questão de logística. Mas não olham para os usuários urbanos dessas rodovias. É preciso que essas obras contemplem os pedestres e os ciclistas por uma questão de mobilidade e segurança. Além do que há a questão do cicloturismo, que cresce a cada ano no estado”, pontuou.  

“Os vereadores de Matinhos já encaminharam uma moção contrária à proposta do Governo Federal e a favor de uma proposta justa de pedágio. Uma demanda da nossa região. Na rodovia Alexandra-Matinhos não há uma faixa de pedestres e na região temos muitos moradores da localidade. Precisamos de uma ciclovia nesse trecho”, ressaltou Nívia Gurski, vereadora de Matinhos.  

“Esse modelo híbrido não garante a nós uma menor tarifa. É nocivo ao estado e, principalmente, ao litoral. Precisamos de investimentos, mas não podemos penalizar a população. Pedágio caro atinge a todos os paranaenses, mas aqui no litoral atinge mais. Impacta negativamente todas as atividades do litoral, principalmente a atividade turística”, apontou Edna Castro, vereadora de Guaratuba.  

Com informações da Assessoria da ALEP/PR

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