Um fenômeno conhecido como “ciclone bomba” atingiu o Paraná no fim da tarde de terça-feira, 30, causando muitos estragos no litoral. Segundo informações do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), os ventos chegaram a 100 km/h no Estado. Com isso, houve muitos registros de quedas de árvores e diversos estragos em várias cidades.
O fenômeno
O Simepar esclareceu que o fenômeno é relativamente comum em diferentes partes do mundo e se assemelha a ciclones que causam chuvas no Sul do País ao longo do ano. Suas principais características são intensas rajadas de vento geradas nos arredores devido à queda brusca da pressão atmosférica em pouco tempo.
Na quarta-feira, 1.º, o Simepar voltou a registrar ventos fortes no litoral, de 22 km/h e rajadas de 46 km/h. No entanto, bem abaixo do observado com a passagem do ciclone. A previsão para a quinta-feira, 2, para a região do litoral do Paraná, é de sol, sem a presença de chuvas e com ventos de 9 km/h e rajadas de 20 km/h. Não há previsão de tempestade para os próximos dias.
Corpo de Bombeiros
De acordo com o Corpo de Bombeiros, os atendimentos foram realizados por eles e também pela Defesa Civil dos municípios litorâneos para ajudar as famílias que foram mais prejudicadas com a passagem do ciclone. Somente o Corpo de Bombeiros atendeu, na terça-feira, 30, uma queda de árvore na rodovia Alexandra-Matinhos (PR-508), além do resgate de uma embarcação que estava à deriva. No bairro Serraria do Rocha, em Paranaguá, uma árvore caiu sobre uma residência e outra caiu sobre um caminhão no bairro Ribeirão.
Em Antonina, houve a queda de um morador de um plano elevado e uma vítima de trauma, ambos atendidos pelo Samu. Antonina também registrou queda de árvores na estrada do Bairro Alto e os Bombeiros precisaram utilizar o apoio de uma retroescavadeira.
Em Morretes, uma árvore caiu sobre um carro e outra sobre uma residência no bairro Anhainha, além de outras que não suportaram a força do vento na via pública no bairro Barreiros.
Em Guaratuba, houve quatro ocorrências de quedas de árvores, cinco entregas de lonas pelo Corpo de Bombeiros. Na quarta-feira, outras sete ocorrências de quedas de árvores estavam em atendimento pelas equipes.
Defesa Civil
A Defesa Civil de Paranaguá, por meio da assessoria de imprensa da prefeitura, apresentou um relatório com as ocorrências atendidas no município após a passagem do ciclone.
“A Defesa Civil prestou atendimento em diversos bairros da cidade, tanto na área rural, quanto na urbana, são eles: Ilha dos Valadares, Centro Histórico, Vila São Vicente, Vila Horizonte, Eldorado, Emboguaçu, Vila do Povo, Jardim Iguaçu, Jardim Figueira, Parque São João, Vale do Sol, Porto Seguro, Vila Garcia Rocio e área portuária”, ressaltou em nota.
A estimativa indica que cerca de 200 árvores e 100 casas tenham sido destelhadas. De acordo com a Defesa Civil, não houve casos de pessoas desabrigadas e desalojadas. Na manhã de quarta-feira, foram entregues lonas para 30 casas.
“Os sistemas de comunicação, na região, estão apresentando constantes falhas. A Defesa Civil está atendendo apenas ligações internas, de ramal. Ainda não há previsão para a normalização destes serviços. Apesar da dificuldade nas comunicações, a Defesa Civil está monitorando as áreas atingidas e agindo na prevenção e, também, no auxílio das ocorrências que surgirem, em conjunto com a Guarda Civil Municipal e o Corpo de Bombeiros”, complementou, em nota, a assessoria de imprensa da Prefeitura de Paranaguá.
Com informações do Corpo de Bombeiros, Simepar e Prefeitura de Paranaguá